8 de março: um dia para lembrar a luta das mulheres por igualdade, liberdade e autonomia

07/03/2014 - Por Bancários CGR

altManifestações alusivas ao Dia Internacional da Mulher estão sendo organizada por sindicatos e entidades dos movimentos sociais. Fenae congratula todas as mulheres pelo seu dia, com a certeza de que juntos podemos mais diversidade

O dia 8 de março é um marco na luta pelos direitos das mulheres em todo o mundo. No Brasil, as manifestações alusivas ao Dia Internacional da Mulher estão sendo organizadas por sindicatos e representações dos movimentos sociais. O objetivo é o de reafirmar a luta por igualdade, liberdade e autonomia feminina. A principal atividade, neste sábado, convocada pela CUT/SP, será um ato unificado a partir das 9h, na capital paulista, com concentração no vão livre do Masp.

Apesar das conquistas obtidas ao longo dos anos, ainda há muito que se avançar para alcançar a igualdade de direitos entre homens e mulheres. A violência fora e dentro de casa, as condições precárias de trabalho, a desigualdade salarial e a falta de creche são alguns dos problemas que as mulheres continuam enfrentando e que limitam o exercício pleno de sua cidadania.

A CUT está pautando também para este 8 de março a defesa de um plebiscito por uma Constituinte exclusiva e soberana que promova a reforma política. Um dos objetivos desse movimento é ampliar a participação das mulheres nos espaços de representação formal como o Congresso Nacional, assembleias estaduais e câmaras municipais. Atualmente, apenas 9% dos mandatos na Câmara são ocupados por mulheres e outros 12% no Senado.

“Precisamos mudar o sistema eleitoral brasileiro para que tenhamos um Parlamento capaz de representar os anseios e demandas da classe trabalhadora. E se nós, mulheres, somos mais da metade da população brasileira temos que ter condições reais para garantir nossa representatividade no Poder Legislativo”, ressalta Rosane Silva, secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT.

Trabalho
Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, dados do governo federal revelam que as brasileiras já ocupam metade dos empregos formais do país. Desde 2011, 2,3 milhões de mulheres conseguiram emprego com carteira assinada. Ou seja, pouco mais da metade dos 4,5 milhões de postos de trabalho criados neste período foram ocupados por mulheres.

“Há um processo de abertura na sociedade, de revisão de conjunto de valores e regras, principalmente a partir da segunda metade do século passado, quando as mulheres começaram a reivindicar direitos com mais força””, explica o diretor técnico do Dieese Clemente Ganz Lúcio.

Para ele, “há uma clara evolução no sentido de diminuir as discriminações e desigualdades”. Na categoria bancária, por exemplo, uma conquista importante foi a inclusão da cláusula da igualdade de oportunidades na Convenção Coletiva de Trabalho, no início dos anos 2000, que veio fortalecer a luta das mulheres bancárias contra as desigualdades e o combate às discriminações de gênero.

“O dia 8 de março é dia de comemorar, mas é, principalmente, um momento especial de reflexão e mobilização para avançarmos em direção a uma igualdade que ainda está longe de ser alcançada”, destaca a diretora de Administração e Finanças da Fenae, Fabiana Matheus.

Fabiana lembra que, embora hoje a mulher ocupe praticamente 50% dos postos de trabalho, isso não se reflete nos postos de comando. “Temos poucas representantes nos cargos eletivos, a violência contra a mulher é crescente e os temas de interesse das mulheres como o aborto e estupro têm sido tratados com preconceito”.

A Fenae congratula todas as mulheres pelo seu dia e reafirma sua disposição de continuar lutando juntamente com as empregadas e empregados da Caixa em busca de uma sociedade igualitária e justa. Afinal, juntos podemos mais diversidade.

Histórico
O Dia Internacional da Mulher foi proposto pela jornalista e política alemã Clara Zetkin, em 1910, no 2º Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, em Copenhagen. À época, a militante não sugeriu uma data específica.

Na década de 1970, o dia passou a ser associado de forma equivocada a um incêndio que aconteceu em uma fábrica têxtil de Nova Iorque, em 25 de março de 1911, que vitimou 146 pessoas, das quais 125 eram mulheres. Em 1975, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.

Fonte: Fenae Net

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