Ações de apoio a vítimas no litoral norte de São Paulo continuam
27/02/2023
Sindicato Solidário trabalha para ampliar e fortalecer rede de ajuda humanitária
A situação no litoral norte de São Paulo segue muito difícil, por causa dos desastres provocados pelas chuvas durante o Carnaval. Até o fechamento desta matéria, na tarde desta sexta (24), a Defesa Civil Estadual havia confirmado 54 mortes (53 em São Sebastião e uma em Ubatuba), 30 pessoas desaparecidas e mais de 4 mil desalojados. Outras cidades, como Bertioga e Ubatuba, também foram atingidas.
As campanhas humanitárias estão concentradas na arrecadação e distribuição de alimento, água, roupa e material de higiene, como também em cuidados aos atingidos. Entidades em ação nos locais afetados pedem o máximo possível de doação de água potável no momento. Veja abaixo caminhos para se solidarizar e fazer doações.
O Sindicato Solidário está em ação junto a entidades sindicais, de governo e da sociedade civil, em mobilização de solidariedade e ajuda às vítimas. Como explica a secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Magaly Fagundes, “o trabalho está concentrado na organização de parcerias com ONGs, sindicatos e entidades que estão atuando no socorro de vítimas, em atenção a desalojados e todo o tipo de apoio para resolver essa situação muito triste”.
Os trabalhos da Defesa Civil continuam para resgate de pessoas e liberação de espaços para a circulação em segurança e devem seguir por muito tempo. A atenção também está voltada ao tempo, pois há previsão de mais chuvas nos próximos dias. “A situação de calamidade pode se estender por dias, então a solidariedade tem que se fortalecer a cada hora, por isso também estamos nos comunicando com a categoria e com entidades sindicais parceiras no sentido de fortalecer essa rede de ajuda humanitária”, conclui a secretária.
A Contraf-CUT também está em diálogo institucional com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), para que os bancos participem das ações humanitárias. Também estão sendo encaminhadas ações junto a órgãos públicos, das esferas municipais, estadual e federal, tanto para iniciativas de solidariedade no momento atual, como para ações no sentido de se evitar que desastres parecidos se repitam.
Para o secretário de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elias Jordão, “quando acontece uma tragédia como essa, a sociedade toda tem que se mobilizar para prestar ajuda humanitária, reconstruir os estragos e se preparar para evitar que desastres semelhantes voltem a acontecer”. O secretário lembra que o litoral norte paulista ainda está no momento mais forte da crise, com muitos desabrigados com necessidade de assistência. “A solidariedade é o que mais conta agora, temos que ajudar as vítimas, que se encontram numa situação que mais parece um cenário de guerra”, completa.
O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, reafirma a importância do envolvimento de bancárias e bancários na campanha de solidariedade. “Somos uma categoria organizada, presente em quase todas as cidades do Brasil, consciente de sua força e sua importância na sociedade e capaz de se mobilizar por seus direitos e por uma sociedade mais humana”, diz. Para ele, no momento é importante atrair mais apoio ao movimento humanitário. “Vamos todos atuar junto aos sindicatos e como cidadãos, oferecendo a ajuda que cada um puder e também divulgando esta iniciativa em busca de mais solidariedade”, incentiva o secretário.
Muitas outras entidades também estão com ações, algumas em questões específicas, como proteção de animais de estimação. Esse é o caso das organizações Grupo de Resgate de Animais em Desastres (GRAD) e Amparanimal, por exemplo.
Sindicato Solidário
O Sindicato Solidário surgiu na pandemia de covid-19, com o objetivo de “preservar vidas”, como diz a mensagem inicial da página do movimento. A iniciativa da Contraf-CUT, com a parceria de entidades como CUT, Intersindical e CTB, busca mobilizar entidades sindicais do ramo financeiro, em especial da categoria bancária, por uma postura humanitária de todos.
Dezenas de federações e sindicatos do ramo, em diversos estados, fazem parte do Sindicato Solidário (veja lista). No site do Sindicato Solidário também há informações sobre como integrar a iniciativa e indicar entidades para receber doações, além de notícias sobre ações anteriores.
Fonte: Contraf-CUT