Aposentados querem contrapartida com política de aumento real para 2012
26/12/2011 - Por Bancários CGR
Entidades de aposentados apoiaram o acordo feito na quinta-feira (22) durante votação do Orçamento, em que foi solicitado como contrapartida a construção de uma política de reajuste acima da inflação a partir de janeiro de 2012, como condição para a votação em plenário. O reajuste oferecido baseia-se no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses até novembro - 6,18%. Parlamentares tentavam acordo para emenda que previa 11,7% de reajuste. Porém, o Executivo vetou a inclusão de receita para aumentos dos aposentados e dos servidores do Judiciário no Orçamento como medida para evitar gastos. O presidente da Confederação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (Cobap), Warley Gonçalves, reuniu-se com o senador Paulo Paim (PT-SP), um dos autores da emenda, um pouco antes do acordo e aceitou o reajuste de 6,3% oferecido pelo governo. Com esse percentual, o valor do teto pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no ano passará de R$ 3.691,74 a R$ 3.924,32. Ainda há a possibilidade de o governo conceder um aumento maior durante o próximo ano, fruto de possíveis negociações com centrais sindicais. Caso aconteça, terá de ser pago valor retroativo a 1º de janeiro. Servidores do Judiciário Foram excluídas duas emendas que garantiriam aumento real aos servidores do Judiciário e do Ministério Público da União, apresentadas pelo deputado Efraim Filho (DEM-PB). Os destaques receberam apoio de apenas quatro deputados. O reajuste reivindicado pelos servidores era de 56%. Os gastos com o funcionalismo público no Orçamento somam R$ 203,2 bilhões, o mesmo valor previsto no projeto inicial. As entidades da categoria prometem endurecer a relação com o governo federal. A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) afirmou, em nota, que pretende dialogar com outras entidades para organizar uma ação conjunta em defesa dos servidores. O "discurso de arrocho" que, segundo eles, foi utilizado pelo governo federal para evitar o aumento, será combatido em campanha salarial - prevista para ter início em fevereiro. A categoria ameaça uma greve geral para abril, caso o governo não mude seu posicionamento. |
Fonte: Seeb-CE com Rede Brasil Atual |