Assembleia aprova proposta e greve dos bancários termina

14/10/2010 - Por Bancários CGR

Em assembleia realizada na noite desta quarta-feira, 13, no auditório do Sindicato, os bancários da rede pública e privada aprovaram a proposta apresentada pela Fenaban ederação Nacional dos Bancos), no dia 11/10, que inclui reajuste de 16,33% nos pisos (aumento real de 11,54%), reajuste de 7,5% (aumento real de 3,08%) para quem ganha até R$ 5.250 (o que engloba 85% da categoria) e em todas as verbas salariais, incremento na PLR e inclusão na Convenção Coletiva, pela primeira vez, de mecanismos  para combater o assédio moral no trabalho e a falta de segurança nas agências.

 

Esses avanços nas negociações só foram possíveis por causa da grande participação dos bancários, tanto de bancos públicos como privados, na campanha, que realizaram a mais forte greve da categoria nos últimos 20 anos e forçaram os bancos a melhorar as propostas.

 

Propostas da Fenaban

? Pisos - Escriturário: R$ 1.250,00 (após 90 dias), reajuste de 16,33% (aumento real de 11,54%). Caixa: R$ 1.709,05 (incluindo gratificação de caixa e outras verbas), reajuste de 13,82%, com aumento real de 9,15%.

? Reajuste de 7,5% (o que representa aumento real de 3,1%) para quem ganha até R$ 5.250.

? R$ 393,75 ou reajuste de 4,29% (inflação do período) para os salários superiores a R$ 5.250 - o que for mais vantajoso para os bancários. Apenas 5% dos comissionados, com salários mais altos, receberão apenas a reposição da inflação.

? PLR:
- Regra básica: 90% do salário mais R$ 1.100,80, com teto de R$ 7.181.
- Parcela adicional : 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, com teto de R$ 2.400,00.
- Isso significa que na regra básica o reajuste é de 7,5% e na parcela adicional de 14,28%. Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, os valores serão aumentados até chegar a 2,2 salários, com teto de R$ 15.798.
- Antecipação da PLR: 60% da regra básica mais 50% da parcela adicional até 10 dias corridos após a assinatura da Convenção Coletiva.

? Adicional tempo de serviço: R$ 17,83.

? Gratificação de compensador de cheques: R$ 101,56.

? Auxílio-refeição: R$ 18,15.

? Auxílio-cesta alimentação: R$ 311,08.

? 13ª cesta-alimentação: 311,08.

? Auxílio-creche/babá: Reajuste de 7,5%. A adequação à nova legislação sobre o ensino fundamental (6 anos de idade a partir de 2011) cria uma nova regra. Os valores que eram recebidos em seis anos e 11 meses serão recebidos em 5 anos e 11 meses. Já com a correção de 7,5%, o valor passará de R$ 207,95 para R$ 261,30 (aumento de 25,7%). Haverá uma regra de transição para que já tem filhos acima de 6 anos e 11 meses.

? Auxílio-funeral: R$ 599,61.

? Ajuda deslocamento noturno: R$ 62,59.

? Indenização por morte/incapacidade decorrente de assalto: R$ 89.413,79.

? Requalificação profissional: R$ 893,63.

? Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho, que inclui definição de mecanismos de combate ao assédio moral, a serem implementados mediante adesão voluntária dos sindicatos e dos bancos por meio de acordo aditivo.

? Compensação dos dias parados no prazo entre a data da assinatura da Convenção Coletiva e 15 de dezembro de 2010, nos mesmos moldes do ano passado.

? Segurança bancária:
- No caso de assalto, atendimento médico ou psicológico logo após o ocorrido.
- O banco registrará BO em caso de assalto, tentativa e sequestro.
- Possibilidade de realocação para outra agência ao bancário vítima de sequestro.
- Apresentação semestral de estatísticas nacionais sobre assaltos e ataques na Comissão Bipartite de Segurança Bancária.

 

Consolidação da unidade nacional dos bancários

Os avanços da Campanha 2010 representam mais um passo importante na consolidação da unidade nacional dos bancários, que desde 2004 vem sendo construída pelos trabalhadores de bancos públicos e privados. Essa grande capacidade de mobilização e essa sabedoria em buscar a unidade nacional são as responsáveis pelo fato de os bancários serem a única categoria profissional no Brasil com a mesma Convenção Coletiva de Trabalho válida em todos os bancos públicos e privados e em todo o território nacional e das importantes conquistas dos últimos anos.

De 2004 a 2010, por exemplo, os bancários tiveram entre 19,6% e 26,3% de aumento real no piso salarial.

 

Seeb CGR

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