Foram sete meses de intensas negociações até que, no último dia 13, os bancos Real e Santander e os representantes dos trabalhadores chegaram a um consenso. Os dois acordos aditivos têm cláusulas que vão do programa de bolsas de estudo à estabilidade. Em Campina Grande, ele será levado à assembléia na nesta segunda, 23. Para os funcionários do Real, a assembléia será às 18 horas, na sede do Sindicato.  Mesmo depois de aprovado, a adesão do bancário será voluntária.

Uma das conquistas é o novo programa de licença remunerada para os bancários que estiverem até a dois anos de requererem a aposentadoria. Estes trabalhadores, ao optarem pela licença, poderão ficar afastados do banco recebendo salário, PLR - Participação nos Lucros e Resultados, vale refeição, auxílio-creche, auxílio-educação e cobertura de plano de saúde.

Os bancários que já estão em condições de se aposentar e os aposentados que ainda estão trabalhando, e possuem mais de 15 anos no banco, terão direito a um abono indenizatório se deixarem a instituição. O abono varia de acordo com a faixa salarial:

- Até R$ 2.000 : Abono de R$ 4.000

- De R$ 2.000 até R$ 4.000: Abono de R$ 6.000

- De R$ 4.000 até R$ 8.000 : Abono de R$ 9.000
- De R$ 8.000 até R$ 12.000 : Abono de R$ 12.000
- Mais de R$ 12.000 : Abono de R$ 16 mil.

Os bancários que têm entre 21 e 25 anos de banco terão um acréscimo de 10% sobre o valor do abono, de acordo com sua faixa salarial. De 26 anos a 30 anos, 15% de acréscimo. De 31 anos em diante, o acréscimo será 20%.

O movimento sindical estima que os dois programas, junto com o de realocação interna, resultem na abertura de 3,5 mil novas vagas em todo o país. Além da renovação do aditivo do Santander, os bancários conseguiram um feito inédito: a criação de um aditivo para o pessoal do Real. Estas passam a ser as duas únicas empresas da rede privada que assinam um acordo com direitos não previstos na Convenção Coletiva.

Fonte: Seeb PE