Assistência às vítimas e adicional de risco de 30% estão na pauta de segurança

22/10/2010 - Por Bancários CGR

A segurança bancária será um dos temas a serem debatidos na próxima rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, na quarta e quinta-feira, dias 1° e 2 de setembro. Na véspera da negociação, dia 31 de agosto, os trabalhadores realizarão Dia Nacional de Luta, indo às ruas para esclarecer os principais pontos da pauta de reivindicações de segurança bancária e saúde do trabalhador.

A luta pela segurança bancária é a luta pela preservação da vida de bancários, vigilantes e clientes dos bancos, afirma Ademir Wiederkehr secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária. Queremos um sistema financeiro realmente responsável, que coloque a vida das pessoas em primeiro lugar, à frente do patrimônio das empresas, defende.

Entre as principais reivindicações da pauta de segurança bancária, aprovadas durante a 12ª Conferência Nacional dos Bancários, estão assistência às vítimas de assalto e seqüestro, medidas de prevenção contra ataques a bancos e adicional de risco de vida.

Outras demandas são garantias de assistência às vítimas de sequestros e a todos os que estiveram no local de assaltos, bem como atendimento médico e psicológico, fechamento da unidade no dia da ocorrência, emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e acompanhamento de advogado do banco para identificação de suspeitos na polícia.

Também consta na minuta a proposta dos bancários do Rio de Janeiro, que reivindica estabilidade provisória para vítimas de assaltos, seqüestros e extorsões no prazo de 36 meses depois da ocorrência. Em caso de processo judicial com decisão favorável ao bancário, esse prazo começaria a contar após o trânsito em julgado.

Outra reivindicação é o pagamento do adicional de periculosidade ou risco de vida de 30% para os bancários que trabalham em agências, postos de serviço e tesouraria. A proposta foi lançada pelos vigilantes, uma categoria que ocupa o mesmo ambiente de trabalho dos bancários e que arrancou recentemente essa conquista, através de acordos coletivos em todo país e por meio de projetos de lei aprovados na Câmara dos Deputados e no Senado.

Demandas também importantes são a necessidade de proibição do transporte de dinheiro e chaves de cofres por parte dos bancários, assim como medidas de prevenção contra assaltos, como a porta de segurança com detectores de metais antes do autoatendimento, câmeras de filmagem com monitoramento em tempo real, vidros blindados nas fachadas, divisórias individualizadas na bateria de caixas e entre os caixas eletrônicos, instalação de vidros nos guichês de caixas e colocação de biombos entre a fila de espera e a bateria de caixas.

As medidas preventivas visam proteger a vida de bancários, vigilantes e clientes e evitar assaltos e o golpe da saidinha de banco, ressalta Ademir.

Mesa temática

Avanço importante conquistado na Campanha Nacional 2009, a retomada das negociações com os bancos na mesa temática de segurança bancária deram início aos debates. Foi a primeira vez desde 1991, quando foi introduzida na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que houve quatro reuniões no mesmo ano: dias 6 e 22 de abril, 17 de junho e 20 de julho, salienta Ademir.

Algumas das reivindicações da pauta sobre segurança já foram abordadas na mesa temática, o que pode acelerar os debates da Campanha Nacional 2010. Por exemplo, a Fenaban admitiu a possibilidade de avançar no atendimento das vítimas, o que poderá ser concretizado nas negociações para a nova convenção coletiva.


Fonte: Contraf-CUT

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