Após denúncias de humilhações sofridas por bancários do Santander por cobranças de metas abusivas, o Sindicato dos Bancários de São Paulo promoveu protesto contra o assédio moral praticado pelo diretor de rede responsável por agências da zona leste, da Baixada Santista e do ABC.

O ato foi realizado nesta quarta-feira 24, no mesmo local onde funciona a agência Liberdade. Os dirigentes sindicais tomaram conhecimento do problema durante visitas às agências que pertencem à rede. "Protestamos contra a relação do diretor da Rede SP Leste, ABC e Litoral com os bancários das agências, que é de total desrespeito", ressaltou o diretor do Sindicato de São Paulo, Marcelo Sá.

Segundo o dirigente sindical, bancários de agências da zona leste denunciaram que já houve situação, em reuniões com gerentes, em que o diretor perguntou se algo do que ele disse foi recebido como humilhação. "Intimidadas, as pessoas negam e são obrigadas a assinar uma espécie de declaração informando que não foram humilhadas. Uma situação vexatória, inadmissível, e os bancários não suportam mais tal comportamento", protestou Marcelo Sá.

"Há também a exposição dos funcionários, que são cobrados na frente de outros. O diretor de rede cobra por metas que deveriam ser cumpridas mensalmente, mas exige que sejam cumpridas em apenas 15 ou 20 dias. Além de serem abusivas, têm de ser pra ontem", disse.

O protesto, além de contar com os dirigentes sindicais de São Paulo, Osasco e região, também contou com a participação de representantes dos sindicatos de bancários de Santos e do ABC. O ato ganhou o apoio até mesmo de trabalhadores de outras áreas.

"O clima tenso e a postura truculenta do diretor também afetam a saúde e a dignidade dos bancários. Por isso, queremos soluções imediatas contra o assédio moral, exigimos o fim do problema com a resposta imediata do banco", ressalta Marcelo.

Negociações

A questão das metas fará parte dos debates no Fórum de Saúde e Condições de Trabalho do Santander, marcado para esta quinta-feira 25. Na segunda-feira 29 ocorre mesa de negociação, durante o Comitê de Relações Trabalhistas (CRT).

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo