Balanço 2010 da Funcef confirma que reajuste dos aposentados poderia ser maior
11/04/2011 - Por Bancários CGR
A Funcef divulgou, na última sexta-feira, em seu site matéria onde  detalha os dados do balanço financeiro de 2010, que foi aprovado pelo  Conselho Deliberativo no dia 30 de março. Os números apontam para o  aumento significativo de rentabilidade, que segundo a Fundação, ficou  bem acima da média do conjunto de fundos de pensão. As informações sobre  o desempenho da Funcef vêm reforçar o que as representações dos  associados já haviam dito anteriormente: o reajuste concedido aos  aposentados poderia ter sido maior.
 
 Os dados destacados pela Funcef revelam rentabilidade, em 2010, de  16,84%, ou seja, 4,52% acima da meta atuarial de 12,32% (INCPC+ 5,5%). A  Fundação encerrou o ano com patrimônio total de R$ 43,8 bilhões, 12,66%  com relação a 2009, cujo ativo total era de R$ 38,8 bilhões.
 
 O superávit acumulado foi de R$ 460 milhões, sendo R$ 242,3 milhões para  o REG/REPLAN, modalidade saldada, R$ 144,2 milhões para o REG/REPLAN,  modalidade não saldada e R$ 75,9 milhões para o REB. O Novo Plano  apresentou déficit de R$ 1,7 milhão por não ter atingido a meta atuarial  e por provisionamentos contingenciais.
 
 Segundo a Funcef, "a adequada gestão dos investimentos permitiu que o  seu patrimônio quadruplicasse nos últimos oito anos (em 2002, era de R$  9,7 bilhões)". Os números do balanço da Funcef revelam que os  investimentos tiveram rentabilidade positiva com resultado que chegou a  casa dos R$ 6 bilhões. A carteira imobiliária fechou o ano com  rentabilidade de 19,26%, o que segundo a Fundação, superou as  expectativas. 
 
 Na renda fixa, que obteve retorno de 14,24%, o resultado positivo foi  consequência do alongamento da carteira com aquisição de títulos  públicos indexados à inflação e da gestão desses ativos em carteira  própria. A carteira de empréstimos e financiamentos obteve retorno de  15% no ano passado. 
 
 Como medidas prudenciais, houve a constituição do fundo para redução de  taxa de juros com recursos da ordem de aproximadamente R$ 554,7 milhões.  
 
 No entanto, apesar desses números, por meio de voto de minerva, a  patrocionadora impôs o menor reajuste possível (2,33%) aos benefícios  dos aposentados e pensionistas, votando contra o reajuste de 3,57%  índice que já havia sido aprovado pela Diretoria Executiva da Fundação. 
 
 As representações dos empregados caracterizam a atitude da Caixa como  boicote à regra contida no parágrafo segundo do artigo 115 do  regulamento do REG/Replan saldado, pela qual é permitida a utilização de  até 90% do resultado excedente em relação à meta atuarial de cada  exercício, para composição do Fundo de Revisão de Benefícios Saldados.
 
 Na última sexta-feira, dia 8 de abril, a Fenae e a Fenacef encaminharam à  Caixa e a Funcef ofício repudiando o voto dos representantes da empresa  no Conselho Deliberativo da Funcef. No documento, as entidades  destacaram que o "índice de 3,57% surgiu após um amplo debate no Fórum  de Dirigentes de Entidades e Representantes Eleitos da Funcef. Não se  trata de algo impensável, inexeqüível, fora de propósito. O fórum  posicionou-se favoralmente ao que já havia sido aprovado pela Diretoria  Executiva da Fundação: 76,5% do excedente da meta atuarial- bem abaixo  dos possíveis 90% previstos nas regras do fundo".
Fonte: Contraf/CUT com Fenae

