Bancários cobram saúde e segurança em dia de mobilização nesta quinta

15/09/2011 - Por Bancários CGR

altOs bancários realizam nesta quinta-feira (15) um dia nacional de mobilização por saúde, condições de trabalho e segurança. As atividades visam pressionar os bancos a contemplarem as reivindicações destes temas na proposta global que deverá ser apresentada na próxima rodada de negociação, agendada para terça-feira, dia 20, em São Paulo. As manifestações foram orientadas pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT.

"As questões de saúde e segurança estão entre as mais importantes para a categoria. O assédio moral e as metas abusivas estão acabando com a saúde dos bancários, que não aguentam mais tanta pressão dos bancos por lucros cada vez maiores. Para piorar, os trabalhadores e clientes se veem expostos à violência dos assaltos e sequestros. Essa situação precisa mudar ", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Para subsidiar as mobilizações dos sindicatos, a Contraf-CUT disponibiliza um material específico quel pode ser acessado na seção de Downloads do site da confederação.

Clique aqui para ver a versão on-line do material.

Saúde e condições de trabalho

Os temas de saúde e segurança foram discutidos com a Fenaban na segunda rodada de negociações da Campanha Nacional. Os bancos rejeitaram todas as reivindicações da categoria para os dois temas e não apresentaram nenhuma proposta concreta, mostrando descaso para a vida de trabalhadores e clientes.

Os números revelam a importância da discussão sobre saúde e condições de trabalho. Estatísticas oficiais indicam que atualmente os bancários são uma das principais categorias vítimas de doenças mentais, como depressão e síndrome do pânico.

Levantamento do INSS mostra que essas doenças já se aproximam do número de casos de LER/DORT. Entre janeiro e junho de 2009, 6.800 bancários no Brasil foram afastados por doenças, dos quais 2.030 por LER/DORT e 1.626 por transtornos mentais. Pesquisa da Universidade de Brasília revelou que houve 181 suicídios de bancários entre 1996 e 2005, uma média de 18 por ano.

Segurança

As condições de segurança para bancários, clientes e vigilantes também estão entre as principais preocupações da categoria. Os trabalhadores e usuários estão expostos ao risco cada vez maior de assaltos - e de morte.

Somente no primeiro semestre deste ano foram 838 ataques a bancos em todo o país, segundo pesquisa feita pela Contraf-CUT e pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV). Para piorar, em 2011, ocorreram 32 mortes em assaltos envolvendo bancos, dos quais 20 em crime de "saidinha de banco".

Mobilização

Esse será o segundo de três dias de mobilização orientados pelo Comando Nacional. Nesta quarta-feira (14), os bancários estiveram nas ruas para discutir as reivindicações sobre emprego e igualdade de oportunidades. Novamente a participação é determinante, pois precede a apresentação de propostas pelos bancos.

"Vamos pressionar os bancos para que apresentem propostas sobre todos os temas que preocupam os bancários em seu dia a dia, a fim de que tenhamos emprego decente", sustenta Cordeiro.

Veja o calendário:

Dia 14 - emprego e igualdade de oportunidades
Dia 15 - saúde, condições de trabalho e segurança
Dia 16 - remuneração

Confira o calendário das negociações:

Dia 14 - negociação específica com o Banco do Nordeste
Dia 14 - negociação específica com o Banco do Brasil
Dia 16 - negociação específica com o Banco da Amazônia
Dia 20 - quarta rodada de negociação com a Fenaban
Dia 20 - negociação específica com o Banco do Brasil
Dia 21 - negociação específica com a Caixa

Fonte: Contraf-CUT

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