Bancários do BB, Caixa e Privados aprovam acordo dos bancos e BNB continua greve em CG
14/10/2013 - Por Bancários CGR
Em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira, os funcionários do Banco do Brasil, Caixa Econômica e dos bancos Privados decidiram aprovar a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e voltar às atividades hoje em Campina Grande e Região, encerrando após 23 dias a paralisação que marcou a história dos bancários.
Conforme o presidente do Sindicato, Rostand Lucena, a categoria saiu vitoriosa da maior greve dos últimos 20 anos. Embora não tendo garantindo tudo o que queríamos, estamos de parabéns. Conseguimos manter as conquistas dos anos anteriores, como o aumento real dos salários acima da inflação, valorização do piso, ajustes no aumento de contratações e participação no lucro dos bancos, frisou.
Rostand ressaltou ainda que, mesmo diante da intransigência dos banqueiros a respeito das reivindicações sobre as cláusulas sociais (saúde, segurança e condições de trabalho), que também foram prioridades na Campanha deste ano, a categoria continuará insistindo até obter a garantia dos seus direitos.
Durante a assembleia, os funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) rejeitaram o acordo e deliberaram pela continuidade da greve. Alguns impasses em relação a proposta específica do banco resultaram na falta de avanço nas negociações.
Amanhã, a partir das 8h, na agência Centro, localizada na Rua Sete de Setembro, haverá uma nova assembleia com os funcionários do BNB para discutir sobre a paralisação.
A proposta dos bancos
A proposta dos bancos eleva para 8,0% (aumento real de 1,82%) o índice de reajuste sobre os salários e demais verbas, para 8,5% sobre o piso salarial (ganho real de 2,29%) e 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Também aumenta de 2% para 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional da PLR e avança em outras reivindicações econômicas e sociais.
A nova proposta da Fenaban, apresentada no 22º dia da greve e após 18 horas de duras negociações, avançou depois que os bancos recuaram da proposição inicial de compensar todos os dias de greve em 180 dias, aceitando compensar no máximo uma hora extra diária, de segunda a sexta-feira, até 15 de dezembro, a partir da assinatura do acordo.
Ela inclui ainda quatro novas cláusulas: proibição de os bancos enviarem SMS aos bancários cobrando resultados, abono-assiduidade de um dia por ano, constituição de grupo de trabalho com especialistas para apurar as causas dos adoecimentos dos bancários e adesão ao programa de vale-cultura do governo, no valor de R$ 50,00 por mês.
Fonte: Seeb-CGR