Bancários do Bradesco no Nordeste discutem SA 8000 e lutas para 2013
04/02/2013 - Por Bancários CGR
Terminou nesta sexta, 1º de fevereiro, o Encontro de Dirigentes Sindicais do Bradesco no Nordeste. Durante dois dias, mais de 30 representantes de sindicatos dos estados da região definiram prioridades e apontaram problemas vividos pelos trabalhadores nas agências. O Encontro foi sediado no Sindicato dos Bancários de Pernambuco.
Para Elaine Cutis, coordenadora da Comissão Nacional dos Empregados do Bradesco, trata-se de um momento importante de capacitação, que fortalece a ação e organização dos empregados. O seminário nordestino é preparatório para o Encontro Nacional, que acontece em março e que deve definir a pauta específica de reivindicações e as estratégias de ação dos bancários do Bradesco em todo o país, diz Elaine.
No Nordeste, uma das prioridades apontadas diz respeito à remuneração. O Bradesco é um dos bancos que paga o pior salário no Brasil. E, diferente de outros, não remunera sobre produtos vendidos. Exige as metas, mas não remunera, afirma Elaine.
Para os dirigentes sindicais do Nordeste, também é urgente repensar a política de reabilitação profissional. Embora esteja previsto na cláusula 43 da Convenção Coletiva, o Programa de Reabilitação não saiu no papel.
O que acontece é que os trabalhadores doentes, ao voltarem ao trabalho, são excluídos de qualquer função. No entanto, o que a Convenção prevê é que uma comissão multiprofissional faça uma avaliação da capacidade laborativa do empregado e, junto com ele e com o gestor, defina suas funções e, se necessário, o encaminhe para requalificação, diz a secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues, representante do Nordeste na Comissão Nacional dos Empregados do Bradesco.
Há também os problemas e demandas que permanecem. É o caso da luta contra o assédio moral, do auxílio-educação, das melhorias no Plano de Saúde com inclusão dos pais, e criação de um Plano de Cargos e Salários.
A falta de critérios para ascensão na carreira é uma das grandes queixas dos trabalhadores do Bradesco. Isso acontece também na distribuição das bolsas de estudo, que é feita sem critérios transparentes e acaba privilegiando o alto escalão, denuncia Suzineide.
Fonte: Seec-PE