Bancários do Itaú Unibanco fazem Dia Nacional de Luta contra demissões
19/04/2011 - Por Bancários CGR
Os trabalhadores do Itaú Unibanco estão mobilizados nesta terça-feira,  19, em um Dia Nacional de Lutas contra as demissões que vêm ocorrendo no  banco em várias regiões do país. A mobilização é o início de uma  campanha nacional pela garantia de emprego e direitos a todos os  bancários.
 
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 "Não vamos aceitar a postura do Itaú Unibanco de demitir trabalhadores  num momento em que os lucros da empresa batem recordes a cada ano, tendo  atingido R$ 13,3 bilhões no ano passado, o maior da história dos bancos  brasileiros", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e  funcionário do banco. "A eliminação dos empregos deixa clara a quebra do  compromisso assumido após a fusão pelos presidentes dos dois bancos,  Roberto Setúbal e Pedro Moreira Salles, de que não haveria demissões no  processo de integração", sustenta.
 
 O dirigente sindical lembra que, contrariando afirmações da diretoria do  Itaú Unibanco, mesmo bancários premiados no programa Agir perderam seus  empregos. "Isso evidencia o desrespeito do banco com seus  trabalhadores", ressalta. 
 
 Reajuste unilateral do plano de saúde
 
 Os bancários também cobram do banco uma mudança de postura no caso do  plano de saúde. Além de reajustar o convênio médico unilateralmente em  até 24,61% na folha de pagamento de março, sem qualquer comunicação  prévia aos trabalhadores, o banco desmarcou em cima da hora, na semana  passada, uma negociação agendada com a representação dos bancários para  discutir o tema.
 
 "Estamos cobrando transparência do banco, com a apresentação detalhada  do balanço do convênio, discriminando de forma clara a contribuição dos  funcionários", afirma Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão de  Organização dos Empregados(COE) do Itaú Unibanco, órgão da Contraf-CUT  que assessora as negociações com a empresa. Na primeira reunião, a  empresa apresentou dados superficiais, insuficientes para uma avaliação  da situação financeira do plano de saúde.
 
 "Estamos realizando atividades em todo o país para pressionar o banco, a  fim de abrir um canal de negociação séria sobre esses temas. Esperamos  que a diretoria de RH do banco traga soluções para as reivindicações dos  bancários na próxima negociação", salienta Wanderley Crivellari, um dos  coordenadores da COE Itaú Unibanco.
Fonte: Contraf-CUT

