Bancários do Santander são enganados com crédito da renda variável em agosto

21/08/2010 - Por Bancários CGR

Os funcionários do Santander estão indignados e se sentindo enganados pelo banco. De acordo com denúncias que chegaram para a Contraf-CUT e aos sindicatos, diversos gestores do banco teriam feito reuniões em agências e incitado os trabalhadores a vender mais e mais produtos e bater as metas abusivas, com a promessa de que receberiam a renda variável do primeiro semestre em agosto, o que não ocorreu nesta sexta-feira, dia 20, quando foi creditada a folha deste mês.

Na realidade, os bancários foram ludibriados por esses gestores, alimentaram falsas expectativas e agora estão muito frustrados. Os valores dos programas de remuneração variável dos primeiros seis meses do ano serão pagos juntamente com a primeira parcela da PLR, o que deve ocorrer logo após a assinatura da convenção coletiva entre as entidades sindicais e a Fenaban.

O assunto foi discutido na negociação sobre o trabalho no Call Center do Santander, ocorrida na tarde desta sexta-feira, em São Paulo. Os dirigentes sindicais reclamaram da postura do banco, cujos representantes não souberam explicar o que aconteceu. É inadmissível a falta de responsabilidade desses gestores do banco, que agiram sem ética e nenhum compromisso com a verdade, afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

Solicitamos uma nota de esclarecimento do banco para a rede de agências, pois uma instituição, que quer ser a melhor empresa para se trabalhar, não pode tolerar esse comportamento inaceitável, ressalta o dirigente sindical.

Os gestores levaram os bancários a uma falsa interpretação e agora os trabalhadores estão indignados, com razão, destaca a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa. O que causa estranheza é que não é um problema localizado, mas que está em toda a rede de agências.

O diretor da Federação dos Bancários do RJ-ES, Paulo Garcez, considerou um enorme desrespeito do Santander. Não é possível que esses gestores ignorem as regras dos programas de renda variável e enganem os trabalhadores para bater as metas abusivas do banco, denunciou.

Um banco, que fala tanto em fazer as coisas juntos, deveria respeitar mais seus funcionários e construir junto com os trabalhadores uma lógica de gestão que realmente funcione para todos, conclui Rita Berlofa.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

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