Depois de 22 dias de greve, os bancários esperam uma proposta decente dos bancos nas negociações marcadas para esta quinta-feira, dia 10, em São Paulo. A primeira reunião começa às 10h e vai discutir as reivindicações gerais dos bancários com a Fenaban. Na sequência, os sindicatos se reúnem com o Banco do Brasil, a Caixa e o Banco do Nordeste para debater as reivindicações específicas, também na capital paulista.

Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, a expectativa é que os bancos avancem na proposta apresentada na última sexta-feira e que foi rejeitada pelos bancários em assembleias realizadas em todo o país. “A última proposta dos bancos previa reajuste de 7,1%, o que significa menos de 1% de aumento real de salários. Juntos, os principais bancos lucraram cerca de R$ 60 bilhões no último ano e têm totais condições de atender as reivindicações dos bancários”, destaca Jaqueline, que viajou nesta quarta a São Paulo para participar das negociações.

Segundo Jaqueline, os bancários esperam um aumento real de salários digno, a valorização do piso e uma PLR melhor, além da proteção ao emprego, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades. “A forte greve realizada nestas três semanas já colocou a nossa paralisação entre as maiores da história dos bancários. Isso mostra a disposição de luta da categoria e coloca os bancos na berlinda. Esperamos que o bom-senso prevaleça nas negociações e que a nova proposta que vier a ser apresentada contemple nossas reivindicações”, afirma.

Jaqueline ressalta que a forte greve dos bancários afetou as vendas do comércio e a concessão de financiamentos, o que comprova a importância do trabalho da categoria. “Os bancários são os verdadeiros responsáveis pela alta lucratividade dos bancos. Queremos e merecemos ser valorizados e, por isso, vamos permanecer em greve até que nossas reivindicações sejam atendidas”, garante.