Bancários exigem fim das eleições antidemocráticas do SantanderPrevi

27/01/2011 - Por Bancários CGR

altEm reunião ocorrida nesta quarta-feira, dia 26, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, os integrantes da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander reiteraram o documento enviado pelas entidades sindicais e Afubesp na última sexta-feira, dia 21, para a direção do banco espanhol, cobrando a suspensão imediata das eleições antidemocráticas do SantanderPrevi, sucessor do HolandaPrevi.

Os dirigentes sindicais também reforçaram o pedido de agendamento de uma negociação com o banco, a fim de discutir a realização de um processo democrático e transparente para eleger os representantes dos participantes nos conselhos deliberativo e fiscal do fundo de pensão, a exemplo do Banesprev e Bandeprev, também patrocinados pelo Santander.

"O SantanderPrevi atropelou a democracia, pois não divulgou edital de convocação, impedindo inscrições de participantes. Os funcionários só ficaram sabendo na semana passada do processo eleitoral, através de mensagem interna, informando que a votação vai até o dia 4 de fevereiro pelo site do fundo de pensão entre seis candidatos inscritos pela patrocinadora", explicou o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

As eleições no SantanderPrevi foram discutidas em várias reuniões do Comitê de Relações Trabalhistas. Numa delas, em 18 de maio de 2010, o banco registrou em ata que "não há previsão de qualquer processo eleitoral para o ano de 2010 e que o movimento sindical será previamente avisado dos próximos processos eleitorais". Nenhum documento foi enviado pelo banco para as entidades sindicais sobre o processo em andamento.

"Estamos diante de uma farsa eleitoral montada vergonhosamente no SantanderPrevi", avaliou o diretor da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo, Paulo Garcez. Ele lembrou que bancos públicos e privados, como o Itaú Unibanco, realizam processos democráticos e transparentes para escolher os representantes dos participantes na gestão dos fundos de pensão.

"O banco repetiu o processo antidemocrático e desrespeitoso com os trabalhadores que aconteceu em 2009, quando foi alterado de forma unilateral o estatuto do HolandaPrevi, o que prejudicou milhares de participantes", salientou a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa.

"Vamos realizar uma jornada de lutas em todo país, a fim de pressionar o Santander para que respeite o Brasil e os brasileiros", destacou o coordenador da COE do Santander, Marcelo Sá. A Contraf-CUT vai encaminhar orientações aos sindicatos e às federações de bancários.

O ataque à democracia no SantanderPrevi ocorre às vésperas da posse do novo presidente do banco no Brasil, o espanhol Marciel Portela.


Fonte: Contraf-CUT

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