Os bancários paralisaram agências do Itaú e Bradesco, em Campina Grande, em protesto contra o não cumprimento da Lei Municipal de nº 4.993/2010 de combate a "Saidinhas de Banco".

Na quinta-feira, 18, os bancários paralisaram as duas agências do Itaú localizadas no centro de Campina Grande (a da rua Sete de Setembro e da rua João Pessoa). O atendimento ao público foi liberado ao meio. Outro fator que está se tornando comum nas agências do Itaú é o descaso com a reparação das centrais de ar-condicionado, que estão sofrendo constantes panes, sem solução. O destaque fica por conta da agência 0374 Sete de Setembro, que já foi ameaçada de interdição pelos bancários e o problema persiste, enquanto a direção do banco só está focada no aumento dos lucros. Vamos intensificar os protestos.

Na sexta-feira, 19, foi a fez do Bradesco. Os bancários paralisaram, também até o meio dia, as agências do centro e da avenida canal. O não cumprimento do que determina a lei municipal é mais uma prova da falta de investimento em segurança por parte do banco, que expõe os clientes ao perigo e leva os bancários ao estresse extremo e ao adoecimento. “Até hoje já ocorreram 42 crimes contra bancos na Paraíba em 2013, sendo mais de um terço contra o Bradesco, principalmente as agências que não possuem portas giratórias com detectores de metais. Dentre outras modalidades criminosas, o banco foi alvo de quatro assaltos, justamente em agências sem portas de segurança, prova inconteste que a diretoria do Bradesco não tem o menor interesse em investir em segurança. Ou seja, o que interessa ao banco é apenas o lucro e não a vida de funcionários, clientes e usuários.

Lei Municipal de combate a “Saidinhas de banco”

Entre outras exigências, a lei determina a instalação de painéis opacos (biombos) nas baterias de caixas das agências bancárias e proíbe o uso de celular nestes ambientes. A mobilização teve o objetivo de chamar a atenção da sociedade e forçar os bancos a adequar as estruturas de suas agências a essa lei

Itaú e Bradesco são os únicos bancos de Campina Grande a descumprirem a lei de segurança bancária, considerando que todas as instituições financeiras tiveram um prazo de 90 dias a contar da publicação da lei para esta adequação. A lei esta valendo desde abril de 2011.

“Precisamos cobrar dos bancos que as leis de segurança sejam respeitadas. Os bancos, todos os anos, alcançam lucros astronômicos, e em contrapartida pouco se importam com a segurança e bem-estar de seus funcionários, clientes e usuários”, disse Rostand Lucena, presidente do Sindicato.

As entidades financeiras gastam alto com propaganda e publicidade, comerciais que estampam sorrisos de clientes satisfeitos e felizes, embora a realidade seja bem diferente disso, sem contar as altas taxas de juros pagas todos os meses.

Por isso o Sindicato continuará realizando mobilizações semanais e denunciando aos órgãos competentes, para que bancos sejam autuados e multados.

Fonte: Seeb-CGR