Banco do Brasil deve anunciar nesta semana compra nos Estados Unidos
04/04/2011 - Por Bancários CGR
O Banco do Brasil vai anunciar nesta semana a compra de um banco de  pequeno porte na Costa Leste dos Estados Unidos, disse o presidente da  instituição na sexta-feira (1°). Segundo ele, o plano é desenvolver-se  no país organicamente a partir da aquisição, em cidades com alta  concentração de brasileiros. "A ideia é ter uma expansão forte num  período de dois a três anos", disse Aldemir Bendine.
 
 Dentro de seu plano de internacionalização, iniciado há um ano com a  compra do argentino Banco Patagônia, o BB também passou a considerar  aquisições na Europa, com foco em Portugal. "Daqui a pouco pode ter  oportunidades na Europa (...) na crise aparecem oportunidades; Portugal  está barato", afirmou.
 
 Já na África, região para a qual o BB anunciou em agosto a negociação de  parceria com Bradesco e Banco Espírito Santo (BES), novidades podem  demorar, já que as conversas caminham para a análise individual de cada  país. A Líbia já ficou fora. Por outro lado, Angola e Cabo Verde estão  mais avançados.
 
 Para reforçar sua base de capital, o BB deve voltar à carga com outra  oferta primária de ações em 2012. Mesmo depois de ter captado R$ 7,05  bilhões por essa via no ano passado, o índice de Basileia do banco está  em cerca de 14%, mas pode cair, à medida que a instituição tem expandido  fortemente sua oferta de crédito.
 
 A operação de ações pode ser precedida por uma autorização para aumento  de participação de estrangeiros no capital da instituição, hoje restrita  a 20%. Na semana passada, o Bradesco anunciou ter pedido aval do Banco  Central para elevar o limite da fatia estrangeira no capital votante da  instituição de 14 para 45% e que fará um programa de recibos de ações em  Nova York lastreado em ações ordinárias.
 
 "Empresas do porte do Banco do Brasil vão passar a conviver com  frequência com aumentos de capital", disse o presidente do BB, que já  realizou uma oferta de ações no ano passado.
 
 Com vistas a ter recursos para empréstimos de longo prazo, o BB também  deve fazer este ano sua primeira captação externa com bônus de 30 anos. A  expectativa do banco de crescer sua carteira de financiamentos numa  faixa de 17 a 20% este ano foi mantida, disse Bendine, mesmo após as  medidas macroprudenciais do BC para conter o ritmo de concessão de  empréstimos para tentar esfriar a economia.
 
 Para Bendine, no entanto, há fatores que concorrem para um cenário ainda  benigno do crédito no país, tais como os baixos níveis de  inadimplência, devido ao aumento da renda das famílias, e a demanda  elevada por recursos para investimentos. De acordo com o executivo, o  banco tem cerca de R$ 85 bilhões referentes a pedidos de recursos para  projetos de investimentos.
Fonte: Contraf/CUT com Reuters e Valor Econômico

