A controladora do Banco Inter, a Inter & Co., divulgou nesta semana os resultados da instituição referentes ao primeiro semestre de 2025. O banco apresentou um lucro líquido de R$ 639,0 milhões no período, o que representa um crescimento de 52,9% em relação ao mesmo período de 2024. No segundo trimestre, o lucro foi de R$ 332,2 milhões — 8,3% superior ao do trimestre anterior.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) atingiu 14,4% no 2º trimestre, com alta de 4 pontos percentuais em doze meses. Segundo o relatório da empresa, o desempenho “demonstra a capacidade do banco em gerar crescimento e lucratividade sustentáveis, refletindo a execução do plano estratégico da instituição”.

Os ativos totais do banco chegaram a R$ 84,7 bilhões, com crescimento de 27,3% em doze meses. O patrimônio líquido foi de R$ 9,4 bilhões, alta de 9,1% em relação a junho de 2024. A carteira de crédito totalizou R$ 43,8 bilhões, crescendo 22,9% no ano e 2,9% no trimestre. Entre os destaques estão:

Financiamento imobiliário: R$ 8,1 bilhões (+27% em doze meses)

FGTS: R$ 3,6 bilhões (+42%)

Cartão de crédito: R$ 13 bilhões (+24%)

A inadimplência acima de 90 dias ficou em 4,2%, com leve recuo de 0,5 ponto percentual em um ano.

Como companhia internacional, o Inter divulga seus resultados com base nas normas contábeis internacionais (IFRS), e não pelas regras brasileiras (BRGAAP). O total de receitas cresceu 33,4% e somou R$ 3,8 bilhões no semestre. Já o resultado líquido das perdas foi de R$ 2,8 bilhões, com alta de 34,7%.

Crescimento das despesas e alta produtividade por trabalhado

O crescimento do banco também se refletiu nas despesas operacionais. As despesas com pessoal aumentaram 24,6% no período, chegando a R$ 491,6 milhões. As despesas administrativas subiram 33,9% e somaram R$ 1,1 bilhão. Já as despesas tributárias aumentaram 68,5%, totalizando R$ 312,9 milhões.

Ao final de junho de 2025, o Banco Inter contava com 4.081 trabalhadores, o que representa a criação de 428 postos de trabalho em doze meses. No entanto, como se trata de um banco digital, não há menção a unidades físicas de atendimento, como agências ou postos.

A base total de clientes globais da instituição alcançou 39,3 milhões, com um aumento de 6,1 milhões em doze meses. Do total, 22,7 milhões são considerados clientes ativos — ou seja, utilizaram produtos nos últimos três meses e geraram receita para o banco. Com isso, o banco chegou a uma relação de 5,6 mil clientes ativos por funcionário.

Fonte: Contraf-CUT