Bancos continuam fechados em Campina Grande
23/09/2013 - Por Bancários CGR
No quinto dia da Greve Nacional dos Bancários, as agências de bancos públicos e privados em Campina Grande e Região permanecem fechados. Entre as 18 unidades que compõem a base de atuação do Sindicato, 70% dos bancários seguem de braços cruzados nesta segunda-feira, 23.
De acordo com os dados levantados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), até a última sexta-feira, em todo país já são 7.282 o número de agências e centros administrativos de bancos públicos e privados fechados.
Até o momento, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não se pronunciou sobre uma nova negociação. A decisão de parar as atividades foi tomada após o Comando Nacional dos Bancários rejeitar a proposta apresentada pela Fenaban, na última rodada de negociações, no dia 5 de setembro.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Campina Grande e Região, Rostand Lucena, destacou que só a pressão irá quebrar a intransigência dos banqueiros. Como a greve está muito forte, eu acredito que a Fenaban chame o Comando para negociação o mais breve possível, disse.
Após quatro rodadas de negociações, os bancos apresentaram uma proposta que prevê reajuste de 6,1% (previsão da inflação pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc); PLR de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94; e parcela adicional da PLR de 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários. A proposta, que não atende as reivindicações da categoria foi recusada em assembleias realizadas pelos sindicatos em todo país.
Entre as principais reivindicações dos bancários estão: reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%), PLR (participação nos lucros e resultados) de três salários mais R$ 5.553,15; piso de R$ 2.860,21 (equivalente ao salário mínimo do Dieese); auxílios-alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional); melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral; mais contratações e o fim das demissões para melhorar o atendimento; Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) em todos os bancos; auxílio-educação para graduação e pós-graduação; mais segurança; e igualdade de oportunidades com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.
O Sindicato ressalta que a greve é participação, atividade, e é através da união que a categoria irá garantir o atendimento das suas reivindicações.
Fonte: Seeb-CGR