Fica fácil investir nos Estados Unidos quando os bancos utilizam as condições mais precárias aqui no Brasil para obter lucro. Às custas de exploração, demissões em massa e fechamentos de agências, o Safra, Bradesco, Itaú e até o Banco do Brasil obtêm cifras bilionárias durante décadas para, simplesmente, investir e abrir postos de trabalho nos EUA.
O Safra acaba de anunciar a aquisição de ativos do Delta National Bank, com sede em Nova York, com foco no público de alta renda. Mas, no Brasil, os trabalhadores são submetidos a sobrecarga, pressão por metas e assédio moral, para atender a ganância pelo lucro fácil, como em todas as organizações financeiras, que não têm compromisso com o desenvolvimento do Brasil.
O Bradesco segue a mesma tendência. O segundo maior banco privado do país anunciou investimento de mais de US$ 230 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão) para acelerar o crescimento em território norte-americano. Em contrapartida, no Brasil, fechou mais de 1 mil agências e demitiu mais de 8 mil funcionários desde o início da reestruturação, em 2020.
O Itaú, que atingiu lucro líquido de R$ 23,118 bilhões entre janeiro e setembro de 2022, o maior entre todos os bancos, também centralizou negócios nos Estados Unidos, em busca de maior expansão.
O BB, que, como banco público, tem um papel social a cumprir, sob direção do governo Bolsonaro, mudou o foco e atualmente atende aos interesses dos acionistas, com investimentos no exterior, enquanto os funcionários são assediados.