As demissões no setor bancário atingem números alarmantes. Em 12 meses - encerrados em setembro - foram fechados 6.763 postos de trabalho. No total, foram 44.003 demissões. A imensa maioria (45,7%) sem justa causa.
Outro dado mostra o lado perverso das empresas. Na pandemia - de março de 2020 a setembro de 2021 -, 55 mil bancários foram desligados, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Somente o Bradesco foi responsável por mais de 8 mil demissões.
Mesmo sendo o setor que mais lucra no Brasil, no primeiro semestre colocou nos cofres mais de R$ 67 bilhões, o sistema financeiro continua com a onda de desligamentos. Isso é alarmante, porque significa que a categoria está diminuindo, embora o número de clientes cresce.
Um mecanismo imperdoável adotado pelos bancos, que não contribui para o desenvolvimento social e econômico do país e ainda adoece os trabalhadores, extremamente sobrecarregados nas agências.
Rotatividade
Além do corte de vagas, a rotatividade continua alta e as empresas lucram alto com o movimento. Segundo o Caged, o salário mensal médio dos admitidos corresponde a 92,9% da remuneração média dos bancários desligados. Em setembro, o salário médio do admitido foi de R$ 5.049, enquanto os desligados recebiam em média R$ 5.437,02.