BNDES lucra R$ 9 bilhões em 2011, o segundo maior na história do banco
27/02/2012 - Por Bancários CGR
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 9 bilhões no ano passado, abaixo do resultado recorde de R$ 9,9 bilhões obtido em 2010.
A redução do lucro anual "deveu-se principalmente aos elevados valores de recuperação de crédito em 2010, de R$ 2,3 bilhões", segundo o banco. "Tal fato - não recorrente - contribuiu para que a receita com reversão de provisão para risco de crédito daquele ano superasse em R$ 2,1 bilhões o valor obtido com reversão de provisão no ano passado."
O resultado com a carteira de crédito e repasses do BNDES, antes dos efeitos de reversão de provisão para risco de crédito, subiu para R$ 6,1 bilhões, ante R$ 5,8 bilhões no ano anterior. Já o valor obtido com alienação de investimentos (venda de ações) apresentou redução de R$ 1,5 bilhão, "influenciado pelas condições desfavoráveis do mercado de capitais, notadamente a partir do segundo semestre do ano passado", segundo o banco.
O resultado bruto das operações de tesouraria passou de um ganho de R$ 1,6 bilhão em 2010 para R$ 900 milhões em 2011.
A carteira de crédito do banco era de R$ 426 bilhões no encerramento do ano passado, respondendo por 20,8% da oferta total de crédito do sistema financeiro nacional (SFN). A inadimplência do BNDES representou 0,14% da carteira total no ano passado.
O patrimônio líquido do sistema BNDES totalizou R$ 61 bilhões, correspondendo a um patrimônio de referência (PR) de R$ 99 bilhões, superior aos R$ 83,1 bilhões obtidos no fim de 2010. A expansão do PR, utilizado pelo Banco Central para definir limites prudenciais definidos para as instituições financeiras, resultou de aumento de capital da ordem de R$ 6,4 bilhões realizado no primeiro trimestre.
O índice de adequação de capital (Índice da Basiléia) registrado pelo sistema BNDES foi de 20,6%, acima dos 11% exigidos pelo BC.
Os ativos totais do Sistema BNDES somavam R$ 625 bilhões em dezembro de 2011, apresentando crescimento de 13,8% em relação a 2010.
Fonte: Valor Econômico