Caixa desrespeita conquista da Campanha 2013
20/12/2013 - Por Bancários CGR
Gerentes estão cobrando metas de bancários por meio de WhatsApp, quando cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho proíbe a prática
São Paulo O Sindicato recebeu diversas denúncias de que gestores da Caixa estariam mandando mensagens nos celulares dos bancários por meio de WhatsApp. Com a prática, o banco estaria desrespeitando cláusula nova da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria que proíbe a cobrança de metas via mensagens para o celular dos bancários. A conquista é fruto da mobilização dos bancários na Campanha 2013.
Não interessa se a mensagem é via torpedo ou WhatsApp. Isso é desrespeito ao acordo assinado entre os representantes dos bancos e dos trabalhadores, após uma greve de 23 dias, critica o diretor executivo do Sindicato e empregado da Caixa, Kardec de Jesus.
O dirigente informa que o Sindicato já procurou alguns supervisores e reportou as denúncias. Os supervisores se comprometeram a reorientar os gerentes e impedir a prática. Estamos atentos e os empregados devem nos informar caso a pressão via celular se mantenha. Mesmo assim, vamos comunicar o problema à direção do banco.
Assédio moral Outras denúncias, contra gerentes-gerais assediadores, também chegam frequentemente ao Sindicato, muitas por meio do instrumento de combate ao assédio moral. Apesar de ser uma instituição pública, os bancários da Caixa passam pelos mesmos problemas que atormentam os de bancos privados: assédio e pressão por metas abusivas.
As denúncias são apuradas pelo Sindicato e repassadas ao banco, preservando o anonimato do denunciante. O banco tem até 45 dias para apurá-las também e dar uma resposta. Esse prazo era de até 60 dias, a redução foi outra conquista da Campanha 2013. O RH do banco aborda os empregados do local da denúncia com o que eles chamam de pesquisa de clima, na qual distribuem questionário aos trabalhadores. Não somos contra, mas vamos acompanhar todos os casos de perto porque o Sindicato tem dúvidas em relação à eficiência e agilidade do método, diz.
Fonte: Andrea Ponte Souza/ Seeb-SP