Caixa: Empregados cobram esclarecimento sobre boatos de reestruturação
04/02/2013 - Por Bancários CGR
As entidades representativas dos trabalhadores querem esclarecer os rumores de reestruturação de pessoal na Caixa. Por isso, a Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa) protocolou ofício no qual solicita reunião imediata com o presidente do banco, Jorge Hereda.
Na mensagem, a entidade cobra coerência da instituição pública, que deve estar comprometida com a transparência da gestão e com o diálogo com os trabalhadores.
"O banco não pode implementar medidas que transformarão a vida pessoal e profissional dos empregados sem negociação prévia com os sindicatos. Além disso, a Caixa é um patrimônio de toda a população, portanto, as mudanças têm de vir com transparência e diálogo, reforça o diretor do Sindicato Rafael de Castro.
Os boatos sobre reestruturação se espalharam por todo o país, chegaram à imprensa e têm causado apreensão entre os empregados da Caixa. No ofício enviado ao presidente, as entidades também lembram que uma postura unilateral não condiz com o atual contexto político que é completamente diferente de gestões anteriores na empresa.
Leia a íntegra do documento
A notícia da implantação de processo de reestruturação de pessoal e das filiais, sem qualquer negociação prévia com os empregados e com as entidades representativas, tem causado apreensões nas unidades da empresa em todo o Brasil. Essas preocupações provêm, principalmente, do clima de incertezas de como isso se dará e de como ficarão os trabalhadores atingidos.
Há muitas conversas Brasil afora sobre a existência de uma proposta de mudança no modelo de funcionamento das filiais, e os boatos tendem a aumentar na medida em que não existe informação oficial a respeito do assunto. Essa situação precisa ser imediatamente esclarecida, de modo a evitar a ocorrência de caos na vida profissional e pessoal dos trabalhadores lotados nos diversos setores do banco. Os empregados não podem ser deixados diante de um futuro incerto.
É comum ocorrerem medidas de reestruturação em uma empresa com a idade, o tamanho e a importância da Caixa. O que surpreende, agora, levando-se em conta ser o atual contexto político completamente diferente de gestões anteriores na Caixa, quando medidas de realocação eram implantadas sem maiores cuidados com os empregados, é a maneira como essas mudanças são adotadas.
Agora, cabe à Caixa manifestar coerência com seus princípios. Isto, aliás, só será possível com transparência da gestão e diálogo com todos os envolvidos nesse processo e seus representantes. É preciso que a direção do banco reconheça e valorize todos os seus empregados.
Diante das razões expostas, vimos solicitar o agendamento de uma reunião com a urgência necessária. Essas eventuais mudanças, até mesmo noticiadas por jornais de grande circulação, precisam ser debatidas o mais democraticamente possível.
FENAE Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa).
Fonte: Seeb-SP