Caixa entra na licitação dos Correios pelo novo contrato do Banco Postal
11/04/2011 - Por Bancários CGR
A Caixa Econômica Federal entrou oficialmente na concorrência bilionária  da licitação do Banco Postal. Há dez anos, o contrato é do Bradesco,  mas em novembro acaba o último prazo de prorrogação dessa parceria entre  o banco e a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). Para estimular a  concorrência e promover melhores receitas para os Correios, o governo  tem estimulado seus bancos estatais a participar da licitação, cujo  edital deverá ficar pronto até o fim desta semana.
 
 Na sexta-feira, o presidente da Caixa, Jorge Hereda, esteve reunido com o  ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, em que confirmou o  interesse. Em nota enviada pela assessoria de imprensa ao iG, "a Caixa  Econômica Federal informa que tem interesse em participar da licitação e  está preparando a documentação para oficializar a proposta".
 
 O contrato do Banco Postal é o maior para correspondentes bancários no  país. Pelas agências dos correios, o vencedor do edital ganha  capilaridade para estar presente em 5.266 municípios do país. Neste ano,  as regras para correspondente foram atualizadas pelo Banco Central,  permitindo que eles passassem a operar também com câmbio, tendo em vista  a demanda pela conversão de moedas na Copa do Mundo de 2014 e na  Olimpíada de 2016.
 
 A Caixa, porém, já tem posição privilegiada no mercado de  correspondentes bancários, porque usa como esse canal as mais de 10 mil  casas lotéricas do país. Até o ano passado, do total de operações  bancárias feitas pessoalmente, 72% ocorriam nas lotéricas, que  correspondiam a mais de 40% de todo o volume transacionado na Caixa  Econômica.
 
 Condições não devem mudar
 
 Segundo Bernardo, o prazo previsto para o leilão, em junho, não deverá  ser prorrogado e não sofrerá grandes alterações. Alguns bancos sugeriram  que o Bradesco teria vantagens pelo edital proposto por ter previsões e  já acumular receitas com o negócio. Segundo o ministro, porém, nada  muda. "Vai ter concorrência normalmente. Quem ganhar vai ser quem fizer a  maior proposta de pagamento inicial."
 
 O ministro espera, porém, que a receita para os Correios por conta do  Banco Postal, de R$ 350 milhões ao ano atualmente, cresça por conta do  aumento de receitas com operações financeiras nas agências. Uma das  ideias para incrementar o negócio é permitir ao vencedor distribuir  cartões de crédito pelo Banco Postal. "O preço será o mesmo, mas, se o  movimento for maior, provavelmente a remuneração dos Correios vai  subir", diz Bernardo.
Fonte: Contraf/CUT com IG

