Citibank anuncia ajuste mundial e fechará 14 das 198 agências no Brasil
06/12/2012 - Por Bancários CGR
O anúncio de reestruturação do Citi trouxe a informação de que 14 das 198 agências e lojas do grupo serão fechadas no Brasil. Em busca da redução de custos, o Citi vai demitir 11 mil pessoas globalmente.
Em comunicado divulgado nos Estados Unidos, o Citi afirma que terá como foco 150 cidades com maior potencial de consumo de produtos bancários, concentrando-se em áreas metropolitanas.
No Brasil, o banco afirmou em nota que "o país continua sendo um dos mercados prioritários para o negócio do Citi". "Estamos otimistas em relação às oportunidades futuras e vamos manter nosso objetivo de ser o banco de escolha no segmento premium do varejo no Brasil", informou a instituição.
Procurado pela reportagem, o banco não concedeu entrevista. Em Brasília, Hélio Magalhães, presidente do Citi Brasil, se reuniu ontem com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. A pauta do encontro não foi divulgada.
A grande dúvida que se abre no Brasil é em relação à unidade de crédito ao consumo, que inclui a Credicard. Isso porque mundo afora é justamente no segmento de empréstimos para pessoas físicas que a reestruturação terá um de seus principais focos. O Brasil não é citado na mensagem do banco entre os países cujas atividades serão vendidas ou reduzidas, o que acontecerá no Paraguai, Paquistão, Romênia, Turquia e Uruguai.
O Citi Brasil acumula neste ano lucro líquido de R$ 504,2 milhões, até setembro. É um resultado bastante inferior ao R$ 1,269 bilhão de igual período do ano passado.
O principal motivo para a redução do resultado no Brasil foi relacionado ao diferimento de impostos. Enquanto nos nove primeiros meses de 2011 o banco obteve receita de R$ 767,1 milhões nessa linha do balanço, neste ano teve despesa de R$ 83,2 milhões.
Reestruturação mundial
O Citigroup Inc. definiu um plano para cortar 11 mil postos de trabalho, na primeira grande mudança de estratégia do gigante das finanças desde que Michael Corbat substituiu Vikram Pandit como diretor-presidente, em outubro.
A iniciativa, anunciada ontem, é o sinal mais recente da pressão sobre os grandes bancos para reagir à estagnação das receitas e da cotação de suas ações. A decisão também mostra o foco no corte de custos. Na presidência do conselho de administração, Michael ONeill, um banqueiro veterano, tornou-se conhecido por recomendar medidas duras em trabalhos anteriores.
Mais da metade dos cortes se dará na unidade mundial de banco de varejo, na qual o Citigroup fechará 84 agências. Segundo sua estratégia de dar prioridade às 150 cidades que apresentam o maior potencial de crescimento no varejo, o Citi vai otimizar a distribuição de suas agências e concentrar mais a presença nas principais áreas metropolitanas.
Entre os mercados que sofrerão cortes estão Brasil (14 agências), Hong Kong (7), Hungria (4), Coreia (15) e EUA (44). Com isso, o banco vai economizar US$ 900 milhões no próximo ano e US$ 1,1 bilhão anualmente a partir de 2014.
Fonte: Valor Econômico / Carolina Mandi
No Brasil, o banco afirmou em nota que "o país continua sendo um dos mercados prioritários para o negócio do Citi". "Estamos otimistas em relação às oportunidades futuras e vamos manter nosso objetivo de ser o banco de escolha no segmento premium do varejo no Brasil", informou a instituição.
Procurado pela reportagem, o banco não concedeu entrevista. Em Brasília, Hélio Magalhães, presidente do Citi Brasil, se reuniu ontem com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. A pauta do encontro não foi divulgada.
A grande dúvida que se abre no Brasil é em relação à unidade de crédito ao consumo, que inclui a Credicard. Isso porque mundo afora é justamente no segmento de empréstimos para pessoas físicas que a reestruturação terá um de seus principais focos. O Brasil não é citado na mensagem do banco entre os países cujas atividades serão vendidas ou reduzidas, o que acontecerá no Paraguai, Paquistão, Romênia, Turquia e Uruguai.
O Citi Brasil acumula neste ano lucro líquido de R$ 504,2 milhões, até setembro. É um resultado bastante inferior ao R$ 1,269 bilhão de igual período do ano passado.
O principal motivo para a redução do resultado no Brasil foi relacionado ao diferimento de impostos. Enquanto nos nove primeiros meses de 2011 o banco obteve receita de R$ 767,1 milhões nessa linha do balanço, neste ano teve despesa de R$ 83,2 milhões.
Reestruturação mundial
O Citigroup Inc. definiu um plano para cortar 11 mil postos de trabalho, na primeira grande mudança de estratégia do gigante das finanças desde que Michael Corbat substituiu Vikram Pandit como diretor-presidente, em outubro.
A iniciativa, anunciada ontem, é o sinal mais recente da pressão sobre os grandes bancos para reagir à estagnação das receitas e da cotação de suas ações. A decisão também mostra o foco no corte de custos. Na presidência do conselho de administração, Michael ONeill, um banqueiro veterano, tornou-se conhecido por recomendar medidas duras em trabalhos anteriores.
Mais da metade dos cortes se dará na unidade mundial de banco de varejo, na qual o Citigroup fechará 84 agências. Segundo sua estratégia de dar prioridade às 150 cidades que apresentam o maior potencial de crescimento no varejo, o Citi vai otimizar a distribuição de suas agências e concentrar mais a presença nas principais áreas metropolitanas.
Entre os mercados que sofrerão cortes estão Brasil (14 agências), Hong Kong (7), Hungria (4), Coreia (15) e EUA (44). Com isso, o banco vai economizar US$ 900 milhões no próximo ano e US$ 1,1 bilhão anualmente a partir de 2014.
Fonte: Valor Econômico / Carolina Mandi