Com apenas R$ 2,6 milhões para distribuir no 2º semestre, PLR do BNB vira esmolão
21/03/2012 - Por Bancários CGR
O Sindicato dos Bancários de Campina Grande vem manifestar o seu repúdio pelo não pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Durante negociação na mesa específica, realizada no dia 16 de março, em Fortaleza, a Direção do Banco do Nordeste do Brasil anunciou que irá levar para aprovação da Assembleia Geral Ordinária (AGO) dos acionistas, marcada para o dia 30 de março, a proposta de distribuição de R$ 2,6 milhões a título da 2ª parcela da PLR de 2011. Se distribuído linearmente pelos 6.077 funcionários da Instituição, o BNB pagará a cada um míseros R$ 419,61. Para os ocupantes do cargo de Analista Bancário I esse valor será ainda mais irrisório: minguados R$ 140,80.
O esmolão a ser concedido pela Direção do BNB torna-se um verdadeiro pesadelo quando, no balanço final da PLR, os funcionários terão que devolver um terço do salário adiantado na 1ª parcela.
Insulto
A proposta da Direção do Banco de pagar o esmolão sem compensar essa quantia do empréstimo é um verdadeiro insulto ao corpo funcional. Parcelar o adiantamento de 1/3 ou compensá-lo na PLR deste ano de 2012 é querer colocar o pirulito na boca dos trabalhadores.
Para os empresários de grande porte, o provisionamento de operações duvidosas, responsável pelo sumiço da PLR dos funcionários, garante longos prazos para o ressarcimento dos empréstimos liberados pelo Banco. Motivo disso é que parte dessas operações são pactuadas para não serem pagas e, invariavelmente, viram esqueletos que saem dos armários e são debitados à conta da sociedade e dos trabalhadores. No BNB, dominado por oligarquias político-empresariais, essa prática virou rotina.
Diante disso, não vamos admitir que os funcionários paguem a conta de gestões ineficientes e conclamamos todos os empregados a se engajarem nesta luta para garantir o seu direito à PLR integral, assim como foi assegurado aos funcionários dos demais bancos. Tal prática não será tolerada pela categoria e o recado já foi dado para a diretoria do Banco durante a última reunião destaca João Roncalli, diretor do Sindicato e representante da CNFBNB.
Além disso, cobramos ainda a implantação do ponto eletrônico (onde o Sindicato pede mais seriedade, já que o prazo está esgotado), a revisão do Plano de Carreira e Remuneração (PCR), isonomia entre os funcionários mais novos, além da melhoria da CAPEF e CAMED.
Como forma de pressionar a direção do banco, no sentido de tentar reverter tal situação, a categoria estará se mobilizando nacionalmente, visando resgatar o direito retirado.
Estamos convocando todos os funcionários para uma assembleia, às 18hs, no dia 27 de março no auditório do sindicato. O objetivo é preparar o espírito do funcionalismo para o grande embate anunciado para o próximo dia 28/3, quando, por orientação da CNFBNB/Contraf-CUT, deverá ser realizada paralisação de advertência de 24 horas.
Fonte: Seeb-CGR com Seeb-CE