“É importante retomarmos esse debate com os bancos porque temos pontos importantes a serem tratados como a questão do retorno ao trabalho presencial. Sabemos que já começam as pressões para que bancárias e bancários retornem ao trabalho presencial, mas é preciso haver critérios claros. A pesquisa mostra também como a categoria avalia as condições do teletrabalho. Há avanços, mas também problemas a serem superados”, declarou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT, Juvandia Moreira, coordenadora do comando Nacional.
A 2ª Pesquisa de Teletrabalho da Categoria Bancária revela pontos que devem ser aperfeiçoados nessa modalidade de serviço e coletou respostas de 12.979 bancários e bancárias de todo o país. Na primeira pesquisa, realizada no ano passado, foram ouvidos 10.939 bancários e bancárias. A categoria bancária foi pioneira e boa parte dela foi deslocada para o teletrabalho assim que começou a pandemia. Na ocasião, o teletrabalho foi negociado pelo Comando junto à Fenaban.
Carestia
A disparada da inflação, que em 12 meses registrou alta de 9,68% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pesou mais nas despesas das bancárias e bancários que foram trabalhar em casa com custos maiores de energia elétrica, alimentação, gás, etc). Enquanto isso bancos economizaram R$ 766 milhões, na comparação das despesas administrativas entre 2019 e 2020. “A população brasileira, e aí também está a categoria bancária, sofre com a alta de preços, com a inflação. A carestia agrava uma situação já enfrentada pelas bancárias e bancários com mais custos domésticos no teletrabalho. Já os bancos foram extremamente beneficiados com o teletrabalho. Isso precisa ser discutido e a categoria ter compensações com a alta nas suas despesas domésticas”, ressaltou a presidenta da Contraf-CUT.
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Fonte: Contraf-CUT