No próximo dia 26 de novembro, das 10h às 18h, em São Paulo, o Comando Nacional dos Bancários fará uma reunião de balanço da campanha salarial 2013 e discutir seus desdobramentos, como as negociações das mesas temáticas com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e as discussões permanentes das questões específicas de cada banco.

O Comando Nacional dos Bancários é coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e composto por 10 federações e por 143 sindicatos de bancários do país, representando mais de 95% da categoria bancária no Brasil. Participam de suas reuniões, além das entidades integrantes, os coordenadores das comissões de empresa dos trabalhadores dos bancos públicos federais.

Em 2013, os bancários de todo o país realizaram 23 dias de greve, com adesão bem superior à de anos anteriores, sendo considerada a maior das últimas décadas. A categoria manifestou sua insatisfação contra os baixos salários, a pressão por metas abusivas, o assédio moral, o adoecimento, a extrapolação da jornada de trabalho, as demissões, as terceirizações e a insegurança nas agências e unidades bancárias.

A unidade do movimento grevista e a mesa única de negociação foram fundamentais, segundo avaliação do coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e diretor vice-presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, para a categoria bancária conseguir arrancar 8% de reajuste (aumento real de 1,82%) sobre os salários e demais verbas, além de 8,5% sobre o piso salarial (ganho real de 2,29%) e 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional da PLR.

Na Caixa, ainda segundo Jair Ferreira, os empregados tiveram outras conquistas como a manutenção da PLR social e a não-compensação de horas nas agências com até 15 empregados, com pagamento das horas extras que forem realizadas a partir de janeiro de 2014, além da redução de 70 para 10 nas horas de estudo para efeito da promoção por mérito e avanços em relação ao Saúde Caixa, entre outros itens.

Fenae