Combustíveis e energia pressionam inflação e prévia de outubro é a maior em 26 anos
27/10/2021 - Por Bancários CGR
IPCA-15 somou 1,20% em outubro. Com isso, alta acumulada em 12 meses alcançou 10,34% e a do ano, 8,30%, segundo dados do IBGE. Só a gasolina já acumula alta de 40,44% em 12 meses
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), uma prévia da inflação oficial, acelerou e chegou a 1,20% em outubro. Esta foi a maior taxa para o mês desde 1995 (1,34%) e também a maior variação mensal desde fevereiro de 2016 (1,42%), antes do golpe.
A maior inflação para o mês de outubro há 26 anos, divulgada nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elevou o acumulado do IPCA-15 para 8,3% no ano, até outubro, e para 10,34% em 12 meses.
Os grupos que mais pressionaram o índice de inflação, mais uma vez, foram o dos transportes, especialmente por causa dos reajustes dos combustíveis; e o da energia elétrica, impactada pela bandeira vermelha determinada pelo governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), que também é responsável pela Política de Preços Internacional (PPI) da Petrobras.
O que mais subiu
A alta da energia elétrica, que subiu 3,91%, representou o maior impacto individual no mês de outubro (0,19 ponto percentual) na prévia do IPCA-15. Os brasileiros estão pagando altas contas de luz com a vigência da bandeira tarifária de escassez hídrica, que acrescentou R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.
O item transportes (2,06%) segue pressionando os índices com os seguidos aumentos dos preços dos combustíveis (2,03%) – só este mês a Petrobras anunciou aumento da gasolina duas vezes, uma do gás e outra do óleo diesel.
O gás (3,80%), segundo o IBGE, também contribuiu para elevar a prévia da inflação. Os preços do botijão de gás de botijão de 13 quilos subiram pelo 17º mês consecutivo e acumulam, no ano, alta de 31,65%
No grupo dos transportes, o IBGE destaca ainda:
. passagens aéreas, alta de 34,35%,
. gasolina alta de 1,85% - acumula 40,44% nos últimos 12 meses.
. etanol (3,20%),
. óleo diesel (2,89%); e,
. gás veicular (0,36%).
No mesmo grupo, o IBGE apurou ainda altas nos itens automóveis novos (1,64%) e usados (1,56%, a 13ª seguida, somando 13,21%); e de 1,27% nas motocicletas (1,27%).
Também aumentaram os preços médios de pneus (1,71%) e óleo lubrificante (1,36%) – agora, acumulam 31,03% e 19,19% em 12 meses, respectivamente. Já o ônibus intermunicipal variou 0,16%, com reajustes de tarifas aplicados em Fortaleza.
Altas na alimentação
Em outubro, o IPCA-15 registrou alta de 6,41% nos preços das frutas, 23,15% nos preços dos tomates, 8,57% nos da batata-inglesa (8,57%), 5,11% no do frango em pedaços, 4,34% no do café moído, 4,20% no do frango inteiro e 3,94% nos dos queijos (3,94%).
Fonte: Portal CUT