Congresso aprova proposta do governo de elevar mínimo para R$ 724
18/12/2013 - Por Bancários CGR
A política de reajuste do salário mínimo acima da taxa de inflação está mantida e em pleno curso. Na noite da terça-feira 17, o Congresso Nacional aprovou a proposta orçamentária do governo para 2014, que estabelece um reajuste de 6,6% na menor remuneração da economia a partir de 1º de janeiro. O valor do salário mínimo irá dos atuais R$ 678 para R$ 724.
A presidente Dilma Rousseff procurou ser didática ao explicar, em entrevista, a fórmula do reajuste. "A regra da correção do salário mínimo depende do fechamento do PIB (Produto Interno Bruto) e da inflação, mas dá para sabermos que ficará entre R$ 722 e R$ 724", afirmou. "Se tivermos perto de R$ 724 arredondamos para cima, damos uma força".
Entre 203 e este ano, o mínimo teve um aumento de 92,6% sobre a inflação do período, avançando 239% contra 76% da inflação, num crescimento de 3,1 vezes sobre a escalada dos preços.
Transformado em dólares, o salário mínimo brasileiro também mostra uma forte recuperação durante os governos Lula e Dilma. Em 2003, no primeiro ano da gestão Lula, o mínimo equivalia a US$ 56, mas este ano já era possível transformá-lo em mais de US$ 330. Na média, apesar das variações da moeda americana sobre o real, o crescimento do mínimo sobre o dólar foi de mais de 480%.
O valor total do Orçamento da União para 2014 é R$ 2,48 trilhões. Do total previsto para o próximo ano, R$ 654,7 bilhões serão destinados para o refinanciamento da dívida pública.
O montante reservado para as áreas fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais, soma R$ 1,8 trilhão, sendo R$ 105,6 bilhões para investimento das empresas estatais federais e R$ 1,7 trilhão para orçamentos fiscal e da seguridade social, dos quais R$ 100,3 bilhões foram destinados para a Saúde (destes R$ 5,16 bilhões em emendas parlamentares individuais e coletivas).
Para a Educação a previsão de recursos é R$ 82,3 bilhões. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) receberá R$ 61,7 bilhões.
O relatório elevou o investimento público em R$ 900 milhões para o próximo ano e manteve despesas com pessoal. De acordo com a proposta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), ficou estipulado em 3,8% e a inflação medida pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), de 5,8%.
Fonte: Brasil 247