Congresso da CSA exige investimentos em saúde e segurança no trabalho
20/04/2012 - Por Bancários CGR
Ao acender uma vela em memória às centenas de milhares de lesionados ou mortos por falta de condições mínimas de segurança e saúde nos locais de trabalho, a secretária-geral da Confederação Sindical Internacional (CSI) e o secretário geral da Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA), Victor Báez, destacaram na tarde desta quinta-feira (19) a urgência de ampliar os investimentos no setor, a fim de garantir condições dignas.
Arrancando aplausos do plenário do II Congresso da CSA, em Foz do Iguaçu-PR, Victor Báez enalteceu a memória dos trabalhadores e trabalhadoras que perdem a vida, dos que são mutilados e lesionados, ou simplesmente abandonados à própria sorte ao não haver condições de higiene e segurança para que exerçam suas atividades. "Muitas vezes não há nem mesmo equipamentos de proteção individual", condenou o secretário-geral da CSA.
Em meio a cifras mórbidas de lesionados e mutilados em acidentes de trabalho, representantes da Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Costa Rica, Guatemala, República Dominicana e Venezuela se revezaram na mesa, conclamando a todos a "dar visibilidade ao invisível", numa referência à magnitude do problema, estampado nas estatísticas oficiais, sem contar os indecentes números da subnotificação.
Secretária de Saúde do Trabalhador da CUT Nacional, Junéia Batista lembrou que "no Brasil temos uma morte a cada três horas e meia", o que torna imperiosa uma ação enérgica do sindicalismo, pressionando empresas e governos a atuarem com mais agilidade e responsabilidade no enfrentamento desta verdadeira epidemia. "De 2008 a 2010, foram 2,3 milhões de acidentes de trabalho, com um saldo de 8.089 mortos e 41.798 lesionados e mutilados que ficaram com incapacidade permanente".
Entre as prioridades, sublinhou Juneia, estão o fomento à criação de sistemas de informação, registro e notificação de acidentes e doenças, bem como de pesquisas sobre as condições de trabalho, como base para desenhar políticas públicas e orientar as prioridades em relação às medidas preventivas, tanto em nível geral como no local de trabalho.
Fonte: Contraf-CUT com CUT