A defesa intransigente do Banco do Nordeste do Brasil foi o principal foco da
25ª edição do Congresso Nacional dos Funcionários do BNB, que aconteceu dias 12 e 13 de julho, em Fortaleza. Cerca de 70 delegados de todos os estados nordestinos estiveram reunidos durante esses dois dias e debateram, principalmente, o fortalecimento da unidade dos trabalhadores contra os ataques do governo e a defesa do BNB enquanto banco público e de desenvolvimento da região Nordeste.
Na abertura, o secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Roberto Von Der Osten e o presidente do SEEB/BA, Augusto Vasconcelos fizeram uma análise do atual cenário político e reforçaram a importância de se manter a resistência contra o projeto de ultradireita em curso no país, que ameaça os direitos da classe trabalhadora e a própria democracia.
A economista do Dieese, Vivian Machado, fez uma explanação sobre os números do BNB e a importância de sua atuação para o desenvolvimento do Nordeste. Ela destacou a importância de se fortalecer a defesa do Banco, tanto na instância econômica quanto na esfera política, e ressaltou que o movimento sindical deve seguir reivindicando medidas para o crescimento do Banco e a manutenção dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).
Em seguida, o secretário geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga, falou sobre os desafios da categoria bancária, em especial, dos funcionários do BNB, para 2019. Ele também ressaltou a necessidade de se manter a resistência contra medidas que visam enfraquecer o Banco, aliada à adoção de medidas de valorização do funcionalismo, além da manutenção da mesa permanente de negociação.
No segundo dia, 13/7, o professor da UFPB, Paulo Cavalcanti, fez uma explanação sobre os desafios e perspectivas do BNB no cenário político atual. Segundo ele, o futuro do Nordeste não pode ser determinado fora região por pessoas que não são nordestinas, daí a necessidade de se fazer a defesa do BNB. Ressaltou que o Banco, além de continuar cumprindo o seu papel com competência e alta eficiência, deve se reinventar, voltando sua atuação também para as áreas de inovação tecnológica, de forma a se tornar cada vez mais necessário, aproveitando os talentos científicos que a região oferece.
“Avaliamos que foi um Congresso bastante positivo onde o espírito foi de fortalecer nossa resistência e nossa unidade para nos mantermos na linha de frente da defesa do BNB enquanto banco de desenvolvimento da nossa região. A pulverização dos recursos do FNE intentada pelo atual governo deve ser firmemente denunciada e combatida”, afirmou Tomaz de Aquino, diretor do Sindicato e coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB.