Contraf cobra transparência nas contas do convênio médico do Itaú Unibanco
29/03/2011 - Por Bancários CGR
Após cobrança dos bancários, aconteceu nesta segunda-feira, 28, uma  negociação entre a Contraf-CUT e o Itaú Unibanco sobre o reajuste de até  24,61% do convênio médico efetuado na folha de pagamento sem qualquer  comunicação prévia. Os trabalhadores cobraram da empresa a apresentação  detalhada do balanço do convênio, com a discriminação clara da parte dos  funcionários nas receitas do plano.
 
 "O banco, no entanto, trouxe apenas dados superficiais, insuficientes  para uma avaliação correta sobre o reajuste", afirma Carlos Cordeiro,  presidente da Contraf-CUT e empregado do Itaú Unibanco. "Queremos  discutir esse reajuste, feito de forma unilateral pelo banco, sem  informação prévia a funcionários ou às entidades sindicais", completa. A  empresa se comprometeu a trazer os dados solicitados em nova reunião a  ser agendada.
 
 Cordeiro lembra que o acordo que unificou os convênios médicos,  construído ao longo de um intenso processo de negociação entre as partes  e assinado em 24 de fevereiro de 2010, prevê um reajuste definido pela  sinistralidade e outros dados do convênio, o que não está sendo seguido  pelo banco. Além disso, ficou acertado que qualquer modificação com o  plano de saúde deveria ser previamente anunciado aos trabalhadores e  movimento sindical, o que não aconteceu. "A empresa está mudando seu  método de gestão. Durante o processo de negociação, a postura adotada  foi muito mais transparente com as informações. Essa mudança não pode  acontecer", alerta.
 
 "O reajuste foi divulgado apenas um dia antes dos trabalhadores  receberem o salário e sem nenhuma apresentação dos números do balanço",  salienta Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos  Empregados (COE) do Itaú Unibanco, órgão da Contraf-CUT que assessora  as negociações com a empresa. "Já estava previsto no acordo que  ocorreria um reajuste, mas questionamos a forma como foi implantado, sem  anúncio prévio aos trabalhadores e ao movimento sindical", completa.
 
 Os dirigentes sindicais cobraram ainda do banco soluções para diversos  problemas relatados pelos bancários no convênio odontológico da empresa.
Fonte: Contraf-CUT

