Contraf-CUT apresenta reivindicações do Previ Futuro em negociação com o BB
31/03/2011 - Por Bancários CGR
Em rodada de negociação permanente, ocorrida nesta quarta 30 de março, a  Contraf-CUT, federações e sindicatos, assessorados pela Comissão de  Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, apresentaram as  reivindicações especificas para os participantes do plano Previ Futuro.  Além de propor a redução da parcela Previ (PP) e ampliação da  possibilidade de resgate das contribuições patronais, mais uma vez, as  entidades cobraram mudanças estatutárias na Previ, como o retorno da  consulta ao corpo social e da Diretoria de Participação para os eleitos,  bem como o fim do voto de minerva.
 
 Coordenador da Comissão de Empresa, Eduardo Araújo destacou a  importância das negociações diretas com a direção do banco. "É essencial  que tenhamos um canal de negociação dos sindicatos com a direção do BB  nos assuntos relativos a previdência e saúde, para garantir a aprovação  de alterações negociadas junto às instancias regulamentares", ressaltou.
 
 Redução da PP 
 
 Quando foi criado o plano Previ Futuro, o valor da PP, nos casos de  Complemento de Aposentadoria por Invalidez e de Pensão por morte, era  equivalente ao do Plano 1, mas o indexador de reajuste não. Com isso,  houve descasamento dos valores. 
 
 Então, a Contraf-CUT propõe a redução da parcela Previ (PP) de R$ 2.772  para R$ 1.961 e mudança do beneficio mínimo de 20% para 30% da PP, bem  como da revisão da cota familiar do complemento de pensão, preservando o  valor atual desses benefícios.
 
 O estudo foi apresentado pelo diretor de Seguridade eleito da Previ,  José Ricardo Sasseron, convidado pela Contraf-CUT para debater o  assunto. No que depender de recursos financeiros, segundo Sasseron, as  reservas de risco do plano Previ Futuro, de aproximadamente R$ 118  milhões, conforme balanço de 2010, são suficientes reduzir a PP do plano  Previ Futuro para R$ 1.961, não tendo necessidade de complementação do  banco ou dos bancários. 
 
 "Temos recursos e condições para reduzir a parcela Previ", afirmou  Sasseron. Além dessas reservas, o diretor de Seguridade lembrou que é  necessária a revisão da taxa de risco, dos atuais 1,22% para 1,26% das  contribuições.
 
 Em resposta, o negociador do BB disse que é preciso uma análise mais  profunda sobre o estudo encaminhado pelo diretor de Seguridade eleito da  Previ. "Além do aval do BB, as mudanças do regulamento devem ser  referendadas pela Previc".
 
 Resgate de contribuição patronal
 
 Atualmente, os participantes do Plano 1 têm a possibilidade, em caso de  saída do Plano, de resgatar até 80% das contribuições feitas pelo banco,  diluídas no prazo de dez anos, além de poder resgatar as próprias  contribuições. 
 
 Já no Previ Futuro, o funcionário que decide sair somente tem a  possibilidade de usar as contribuições do banco para amortizar suas  dívidas com a Previ (decorrentes de empréstimos simples ou  financiamentos imobiliários). A reivindicação levantada pelos  representantes dos bancários durante a mesa foi de que a regra para o  Previ Futuro passasse a ser a mesma do Plano 1, permitindo o resgate das  contribuições do banco pelo funcionário quando da saída do plano. 
 
 Entre os maiores
 
 O Previ Futuro teve desempenho superior ao mercado, tanto no segmento de  renda variável quanto no segmento de renda fixa, e ultrapassou os R$ 2  bilhões em ativos. Criado para atender aos funcionários do Banco do  Brasil admitidos a partir de 1998, o plano de benefícios de contribuição  variável (CV) da Previ vem apresentando forte crescimento ano após ano.  
 
 De R$ 1,7 bilhão de ativos em 2009, o Previ Futuro terminou o exercício  de 2010 com R$ 2,19 bilhões. Seus ativos isoladamente o colocariam hoje  entre os 35 maiores fundos de pensão do Brasil.
 
 Ao comemorarem a taxa de adesão ao Previ Futuro - em torno de 91% em  2010 -, os representantes dos bancários solicitaram nova rodada de  negociação com o BB em abril para tratar de assuntos pendentes, como a  possibilidade de os trabalhadores egressos dos bancos incorporados pelo  BB migrarem para a Previ. "Há contingente de quase 3 mil bancários  egressos de bancos incorporados sem plano de previdência e/ou saúde e é  essencial buscarmos uma solução definitiva para esses trabalhadores",  ressalta Eduardo Araújo.
 
 Mirian Fochi, conselheira deliberativa eleita da Previ e diretora da  Contraf-CUT, ponderou ao final do encontro que "não há motivos para o  banco votar contra a volta da consulta ao corpo social, porque é preciso  garantir a democracia na Previ".
Fonte: Contraf-CUT

