Contraf-CUT lança programa de combate à violência doméstica contra mulher
03/08/2021 - Por Bancários CGR
O lançamento do projeto foi discutido nesta quinta-feira (29) pelo Coletivo de Mulheres da Contraf-CUT. “Entre os diferenciais do projeto, está a formação das equipes para realizar, de forma adequada, o acolhimento e fortalecimento das mulheres. Teremos um conjunto de canais de atendimento espalhados por todo o país, onde as mulheres poderão buscar ajuda para superar a situação de violência”, explicou a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis.
O projeto foi lançado inicialmente pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região em dezembro de 2019. Até este mês, em São Paulo foram atendidos 154 casos. “É importante destacar que foram 154 famílias beneficiadas porque a violência doméstica atinge não apenas a vítima, mas também seus familiares”, ressaltou a secretária da Mulher da Contraf-CUT.
Federações e sindicatos
Na reunião de quinta-feira (29) do Coletivo de Mulheres, o projeto foi apresentado pela advogada Phamela Godoy, que coordena a implantação do projeto em vários sindicatos. Já existem canais implantados nos Sindicatos de São Paulo, Osasco e Região, Campinas e Região de Piracicaba, além da implantação em curso no Sindicato de Brasília. A proposta também começa a ser debatida em outras entidades da categoria. “A ideia é oferecer assessoria técnica para que cada sindicato possa criar esse canal de atendimento às mulheres vítimas de violência familiar. Vamos ajudar os sindicatos a construir esse projeto, desenhando o protocolo de atendimento, o de segurança e oferecendo capacitação customizada para cada entidade”, explicou a advogada.
A ampliação em escala nacional do projeto é continuidade do trabalho da Contraf-CUT no combate a violência doméstica. Em 2019, a entidade começou a negociar com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em uma mesa de igualdade de oportunidades. A negociação resultou, em março de 2020, do termo aditivo entre Contraf-CUT e Fenaban para incluir o programa de prevenção à violência na Convenção Coletiva. Com isso, os bancos passaram a ter de criar programas de prevenção à violência doméstica e de atendimento às mulheres em situação de violência.
Implantação
O projeto Basta tem cinco fases de implantação. A primeira é a definição do modelo do canal de atendimento no sindicato, de acordo com as características da entidade. Em seguida, será definido o fluxo de atendimento, protocolos de atendimento e de segurança. A terceira fase é a capacitação da equipe de trabalho. A quarta fase é a articulação com a rede de enfrentamento à violência nos municípios. Por fim, será feito o acompanhamento da fase inicial do projeto na entidade, incluindo os primeiros atendimentos.
Fonte: Contraf-CUT