Contraf-CUT negocia PCR e ponto eletrônico com Itaú na próxima segunda
19/04/2012 - Por Bancários CGR
A Contraf-CUT, federações e sindicatos realizam na próxima segunda-feira (23) nova rodada de negociação com o Itaú. Os trabalhadores discutirão o Programa Complementar nos Resultados (PCR) e a possibilidade de um acordo coletivo sobre um sistema alternativo eletrônico de controle de jornada de trabalho. A negociação acontece às 14h, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo.
Os bancários vão abrir o debate sobre as regras e valor do PCR de 2012. Os valores de 2011, já recebidos pelos trabalhadores, foram definidos em um acordo negociado em 2010, com dois anos de duração.
"Com lucros recordes ano após ano, o Itaú precisa negociar parâmetros que de fato tragam valorização para os principais responsáveis por esses resultados gigantescos, que são os funcionários do banco", destaca Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, órgão da Contraf-CUT que assessora as negociações com o banco.
Ponto eletrônico
O Itaú informou aos bancários que apresentará na reunião um novo modelo de ponto eletrônico, já adaptado às portarias do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que entraram em vigor no último dia 1º de abril.
A flexibilização da portaria 1.510/2009, que trata do sistema de registro de jornada, foi permitida pela portaria nº 373 do MTE, que viabiliza a adoção pelos empregadores de sistema alternativo de controle da jornada de trabalho. Desta forma, a instalação do REP (Registrador Eletrônico de Ponto) pode ser dispensada, desde que haja acordo com as entidades sindicais representativas dos trabalhadores.
Cabem duas possibilidades aos bancos:
1) implementar a íntegra da Portaria 1.510, que importa nas determinações quanto a utilização de software homologados pelo MTE e a compra e instalação dos REPs (novos equipamentos para registro eletrônico de ponto);
2) ou, de acordo com a Portaria 373, celebrar acordos ou convenções coletivas com os sindicatos para legalizarem os atuais sistemas de marcação de ponto eletrônico.
"Vamos cobrar do banco um acordo que garanta o registro correto da jornada no sistema, sem qualquer mecanismo de compensação de horas extras, e que assegure o livre acesso dos sindicatos para fiscalizar a marcação do ponto", afirma Wanderley Crivellari, um dos coordenadores da COE do Itaú.
Fonte: Contraf-CUT