Contraf-CUT retoma nesta terça 22 negociação permanente com o BB
21/01/2013 - Por Bancários CGR
A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam nesta terça-feira 22 o processo de negociação permanente com o Banco do Brasil. Está em pauta a implantação de funções comissionadas com jornada de 6 horas no BB, conquista da Campanha Nacional dos Bancários 2012. A reunião será às 14h, em Brasília.
"Esperamos que na primeira negociação deste ano possamos discutir o assunto e sugerir mudanças antes do banco implantar as funções", afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
Durante todo o período de luta dos bancários para que fosse implantada a jornada de 6 horas para as funções comissionadas, o BB sempre afirmou e segue afirmando que não negocia com os trabalhadores questões que ele entende como sendo "de gestão".
Mas William retruca. "Acordos e convenções coletivas, que envolvem salários, PLR, direitos sociais e econômicos, planos de carreira, jornada, passivos e direitos trabalhistas, condições de trabalho e de saúde e previdência, dentre outras, são na leitura dos trabalhadores questões de gestão de uma empresa", defende o coordenador da Comissão de Empresa.
Bancários querem relações modernas de trabalho
As entidades sindicais sempre apostaram em negociações entre as partes e nas relações modernas de trabalho. Em audiência ocorrida em dezembro do ano passado, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) chegou a sugerir ao BB que aceitasse estabelecer mesa de negociação com a representação dos trabalhadores, com possibilidade de alterações naquilo que a direção do banco pretende implantar.
"Naquele encontro", salienta William, "o MTE citou exemplos de outras empresas públicas que negociaram com os trabalhadores os seus planos de funções e de carreira e que isso foi muito positivo para as empresas e o governo, o principal acionista".
"Vamos ver se o BB vem disposto a valorizar as negociações coletivas e a ouvir propostas dos trabalhadores, acatando, inclusive, sugestões dos próprios órgãos do governo federal", conclui o diretor da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT