Contraf-CUT se reúne com presidente do Santander Brasil nesta quarta
13/06/2012 - Por Bancários CGR
A Contraf-CUT e o Sindicato dos Bancários de São Paulo se reúnem nesta quarta-feira (13), às 12h, com o presidente do Santander Brasil, Marcial Portela, na sede do banco, na capital paulista. O diálogo foi solicitado pelas duas entidades que enviaram cartas ao banco, após as especulações divulgadas pela imprensa sobre uma possível venda da subsidiária brasileira do banco espanhol.
Participam da reunião o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, e a presidenta e a diretora de finanças do Sindicato, Juvandia Moreira e Rita Berlofa, respectivamente.
"Queremos obter informações sobre a real situação do banco, sobretudo diante da crise financeira da Espanha, bem como as medidas que estão sendo tomadas e o impacto sobre a atuação da instituição no Brasil", afirma Cordeiro. "Estamos muito preocupados com o emprego e os direitos dos 54 mil funcionários e dos milhares de aposentados do banco", destaca.
Cordeiro avalia que a crise financeira internacional não pode ser um pretexto para aumentar ainda mais a concentração do sistema financeiro nacional. "Atualmente os seis maiores bancos detêm 81% dos ativos e 83% das operações de crédito", revela o dirigente sindical. "Essa concentração era bem menor em 1999, quando os seis maiores bancos detinham 59% dos ativos e 50% das operações de crédito". Para ele, a concentração é prejudicial a consumidores, empresas e trabalhadores.
O presidente da Contraf-CUT aponta os efeitos perversos da concentração no emprego dos bancários. "A fusão entre Itaú e Unibanco, por exemplo, causou o corte de 7.728 postos de trabalho entre março de 2011 e março de 2012".
As entidades também pediram audiências ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e ao Banco Central para discutir o tema.
"Não podemos permitir um processo de fusão/aquisição gere novos danos para a sociedade brasileira, principalmente no momento em que existe enorme necessidade de que o setor financeiro contribua definitivamente para o desenvolvimento econômico com distribuição de renda e justiça social", salienta Cordeiro.
Fonte: Contraf-CUT