Correção na tabela do IR tem de ser mantida
25/11/2010 - Por Bancários CGR
Reajuste garante que trabalhadores paguem menos tributo ao Leão
Além da manutenção da política de valorização do salário mínimo, o Sindicato, a CUT e outras centrais sindicais estão se empenhando pela manutenção da política de correção da tabela do imposto de renda.
Ela é fundamental para diminuir os valores que os trabalhadores têm de desembolsar, após conquistarem a duras penas, como no caso dos bancários depois de 15 dias de greve, o aumento real nos salários. O reajuste da tabela é importante para manter muitos assalariados isentos ou para que paguem menos imposto, valorizando seu poder de compra.
Fruto da negociação entre centrais sindicais e governo a partir das marchas a Brasília, a tabela vem sendo corrigida em 4,5% nos últimos quatro anos. Durante o governo FHC a defasagem da tabela chegou a 39,52%.
Assim, o valor da isenção passou de R$ 1.257,12, em 2006, para R$ 1.499,15, em 2010 (veja quadro). Além disso, no ano passado, foram acrescidas duas novas faixas à tabela do IR: 7,5% e 22,5%. Até então, a primeira faixa era isenta, na segunda o desconto era de 15% e na terceira 27,5%.
Todas as alíquotas também têm sido reajustadas em 4,5%. Na prática, uma pessoa que ganhava R$ 2.900 ao mês em 2009 estava na faixa de 22,5% na tabela, pagando R$ 483 de imposto. Em 2010 uma outra pessoa ganhando os mesmos R$ 2.900, após o reajuste de 4,5% na tabela, está na alíquota de 15%, pagando R$ 280,94.
Nos debates com o governo, ficou estabelecido que em 2011 haveria uma revisão do acordo. Segundo a CUT, a reivindicação de se manter a correção na tabele do IR já foi encaminhada aos ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Previdência, Carlos Gabas.
Correção da tabela do IR
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Ano
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Faixa de Isenção
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Reajuste (%)
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Fev/2006
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R$ 1.257,12
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-
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2007
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R$ 1.313,69
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4,5
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2008
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R$ 1.372,81
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4,5
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2009
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R$ 1.434,59
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4,5
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2010
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R$ 1.499,15
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4,5
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Elaboração Dieese
Fonte: Seeb-SP