Como as linhas de crédito oferecidas pelo governo são poucas atrativas para quem mais precisa neste momento, pequenas e médias empresas e os MEIS (Microempreendedores Individuais) não têm se animado. Entre os motivos estão que os financiamentos ainda possuem juros elevados e exigências de garantias.
Entre 16 de março e 30 de abril, as concessões de crédito a pessoas jurídicas somaram R$ 322,9 bilhões. Deste valor, R$ 247,5 bilhões são referentes a novas contratações, mas as grandes empresas são responsáveis pela maior parte (72,5%).
Prova de que as medidas não têm o objetivo de socorrer os segmentos mais afetados pela crise econômica causada pela pandemia de Covid-19. Enquanto demorou para liberar o auxílio emergencial para o trabalhador informal e desempregado, o governo correu para liberar a ajuda que aliviou a tributação sobre os lucros dos principais bancos do país.
A Caixa disponibilizou R$ 110 bilhões para as pequenas e médias empresas, mas só R$ 4,6 bilhões foram contratados entre 2 de março e 11 de maio. As contratações da linha de crédito que o banco público oferece em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) também estão aquém do que o esperado. No valor de R$ 82,1 milhões, somente 915 empresas fecharam contratos. O investimento previsto era de até R$ 7,5 bilhões.