Cresce número de mulheres agredidas que buscam ajuda
24/11/2010 - Por Bancários CGR
A Central de Atendimento a Mulher - Ligue 180 divulgou balanço parcial dos atendimentos nacionais realizados de janeiro a setembro deste ano e constatou aumento expressivo no número de denúncias de agressão. As ocorrências de ameaça, lesão corporal e cárcere privado são os destaques desses meses.
A central, ligada à Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), registrou no total 552.034 atendimentos no período. Isso significa aumento de 123% na procura pelo serviço, em relação aos primeiros nove meses de 2009. Foram 47.244 ocorrências de lesão corporal e 12.788 de ameaças, o que corresponde a um aumento de 234% e 102%, respectivamente, quando comparadas ao mesmo período do ano passado. O número de denúncias de mulheres presas em suas casas saltou de 86 para 359 (317%).
Em quase 70% dos casos, os filhos presenciam as agressões que são praticadas pelos maridos, companheiros ou ex-companheiros. De acordo com os relatos, 58% das vítimas são agredidas diariamente. Em 51% dos casos, a mulher diz correr risco de morte.
Tipos de violência - Dentre estas ocorrências, a Secretaria de Políticas para as Mulheres destaca que de 88.960 casos de violência relatados, 51.736 correspondem à violência física, 1.873 à sexual (tipo que mais aumentou), 10.569 à moral, 1.526 à patrimonial e 22.897 à psicológica.
De acordo com a central, 38.020 mulheres são agredidas diariamente, o que corresponde a 58% do total de agressões, 39,3% (22.624) relataram que a violência começou desde o inicio da relação, 71% das vítimas moram com o agressor e 54.168 mulheres (66,5%) não dependem financeiramente do companheiro.
Fonte: Contraf/CUT com Seeb SP