Crítica: Ricardo Barros ignora mulher no mundo do trabalho
12/08/2016 - Por Bancários CGR
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Em lançamento da cartilha Pré-Natal do Parceiro, Barros afirmou acreditar que, além de os homens possuírem "menos tempo" do que as mulheres, eles fazem menos acompanhamento por uma questão de hábito e de cultura. Não é primeira a ilustrar a imprudência de Barros com as palavras a respeito. Em 15 de julho, ele afirmara que muitos pacientes recorrem ao médico por imaginar doenças.
Na avaliação de Juneia, a afirmação do ministro confirma o caráter machista do governo interino de Michel Temer (PMDB) desde a apresentação de seu ministério, em 12 de maio, composto por brancos, ricos, de meia idade e do sexo masculino.
"Fico espantada porque eles dizem o que pensam, sem se preocupar. E o ministro da Saúde deveria ser mais cuidadoso com o que diz. Primeiro porque não existe isso de os homens trabalharem mais e segundo porque o homem não é tão cuidadoso como as mulheres, inclusive com o próprio corpo", afirma. Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho, a participação feminina alcança 44% da população economicamente ativa, em geral nas ocupações com cargos e salários inferiores e jornadas superiores.
"A mulher trabalha cinco horas a mais que o homem por dia, somando 25 a mais ao longo de uma semana", lembrou a dirigente, destacando o estudo Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira em 2014, divulgada no final daquele ano pelo IBGE.
A cartilha que Barros lançou integra um programa criado no governo da presidenta afastada Dilma Rousseff, que pretende aumentar a expectativa de vida dos homens, que vivem em média sete anos menos que as mulheres, e incentivar a participação e a responsabilização dos homens durante a gravidez de suas parceiras.
Cida de Oliveira