CUT intensificará pressão ao Congresso Nacional contra precarização do trabalho no Brasil
28/10/2013 - Por Bancários CGR
Reunida na semana passada em São Paulo, a Direção Executiva da Central Única dos Trabalhadores (CUT) fez uma avaliação da conjuntura e deliberou sobre pontos fundamentais que deverão orientar sua agenda no próximo período. Uma das prioridades é a luta contra a retirada de direitos da classe trabalhadora no Congresso Nacional, onde tramitam projetos de lei que apontam para a flexibilização das relações de trabalho no Brasil.
A CUT avalia que o país, hoje, vive um momento difícil. Nesse sentido, segundo a entidade, as forças de esquerda enfrentam o duplo desafio de consolidar as conquistas obtidas nos últimos 10 anos e de prosseguir na construção do projeto democrático-popular. Para a CUT, é imprescindível construir bases políticas mais sólidas no campo da esquerda e pressionar por reformas estruturais necessárias para que este projeto avance, como a reforma agrária, a reforma tributária e a reforma política.
A CUT reconhece que as políticas publicada adotadas pelo governo federal conseguiram retirar da pobreza milhões de brasileiros, incluindo-os no mercado de trabalho, com maior acesso aos bens de consumo, mas ainda assim o país continua sendo um dos mais desiguais do mundo. Segmentos da classe trabalhadora que emergiram da pobreza continuam pressionando, através das manifestações de rua, pelo acesso a serviços públicos essenciais de melhor qualidade nas áreas da mobilidade urbana, educação, saúde e segurança.
É dito que setores importantes da base CUT, como professores, bancários, trabalhadores dos Correios, petroleiros, metalúrgicos, entre outros, têm sido protagonistas de lutas importantes de resistência e de conquistas de melhores salários e melhores condições de trabalho, com greves de caráter regional ou nacional, sendo que algumas delas ainda estão em curso nas campanhas salariais deste segundo semestre.
No próximo período, segundo a CUT, deverá ser ampliada a luta pelo fim do fator previdenciário e contra a intensa rotatividade no trabalho, para que os acidentes de trabalho diminuam e haja a continuidade da pressão contra a tentativa de flexibilizar as relações de trabalho.
A Central Única dos Trabalhadores alerta sobre a necessidade dos trabalhadores ficarem atentos, pois as forças conservadoras vão intensificar sua ofensiva com o objetivo de derrotar o projeto democrático-popular nas eleições de 2014. Para fazer frente a isso, a CUT realizará uma plenária estatutária no primeiro semestre do próximo ano, momento em que a entidade se posicionará em relação às disputas eleitorais no país, com o objetivo de entregar a pauta dos trabalhadores aos candidatos a governador pelo campo de esquerda.