Demanda por crédito cresce 1,8% em 2013
20/01/2014 - Por Bancários CGR
Alta foi puxada pela população mais pobre, acréscimo de 8,4%, e por quem ganha entre R$ 500 e R$ 1 mil
São Paulo A demanda do consumidor por crédito cresceu 1,8% no ano passado, na comparação com os 12 meses anteriores, aponta índice divulgado na sexta 20 pela empresa de consultoria Serasa Experian. A alta foi puxada pela população com salário de até R$ 500 mensais. Nessa faixa de renda, houve acréscimo de 8,4%. Para aqueles que ganham entre R$ 500 e R$ 1 mil, o crescimento registrado foi 3,7%.
Em 2012, o indicador havia recuado 3,1% em relação ao ano anterior. Os economistas da Serasa avaliam que o resultado expressa desempenho fraco da demanda por crédito. No biênio anterior, 2010 e 2011, as altas foram bem mais expressivas, de 16,4% e 7,5%, respectivamente. Inflação, endividamento, inadimplência, alta das taxas de juros, custo do crédito, além da alta do dólar, são os fatores que impediram um desempenho mais favorável, segundo a instituição.
Diferentemente do que ocorreu nos menores rendimentos mensais, a busca por crédito recuou nas demais faixas salariais. Para quem ganha entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, houve queda de 0,1% na demanda em 2013, em relação ao ano anterior. Também houve decréscimo de 2,4% entre os consumidores que ganham entre R$ 2 mil e R$ 5 mil por mês. Nas faixas de R$ 5 mil a R$ 10 mil e acima de R$ 10 mil, as quedas foram 4,2% e 3,4%, respectivamente.
Na análise por região, Norte e Nordeste tiveram as maiores altas, com média anual de 10,2% e 8%. A região Sul registrou acréscimo de 3,8%. Por outro lado, houve queda de 0,8% no Sudeste e de 4,4% na demanda por crédito entre os consumidores do Centro-Oeste.
A Serasa também divulgou o resultado dos índices de demanda por crédito no mês de dezembro de 2013. No último mês, o indicador apresentou queda de 2,4%. Houve alta do índice (0,3%) apenas entre os consumidores com renda mensal de até R$ 500. Na análise por região, somente o Sudeste apresentou alta de 0,5%. O Sul do país teve recuo expressivo no indicador de 11,1%.
Fonte: Camila Maciel, da Agência Brasil