Dia Nacional de Luta atrasa abertura de agências
03/09/2012 - Por Bancários CGR
Em todo o país bancários promovem manifestações para deixar claro aos bancos: a proposta de 6% - 0,7% de aumento real - é insuficiente. Em Campina Grande o Sindicato retardou a abertura das agências bancárias das Ruas João Pessoa e Marquês do Herval (local de maior movimento e concentração de bancos no município).
O ato, que começou no início da manhã e se estendeu até o meio dia, teve como objetivo pressionar os banqueiros a apresentarem uma nova proposta além de ampliar o diálogo com os bancários, intensificando assim a mobilização. Na véspera de mais uma rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban), nesta terça 4, os trabalhadores deixam claro que se querem mesmo resolver a Campanha na mesa de negociação, como dizem, os bancos têm de apresentar proposta melhor.
Nas sete rodadas realizadas desde o início das negociações, em 7 de agosto, os bancos avançaram pouco em relação às reivindicações da categoria (leia abaixo). A pauta dos bancários foi definida democraticamente, em encontros de trabalhadores realizados por todo o Brasil. É totalmente factível e reflete as necessidades da categoria. Precisa ser respeitada pelos bancos. Os ganhos reais dos trabalhadores são o principal motor da economia nacional e os bancos estão devendo à sociedade brasileira. É um dos setores que menos cria postos de trabalho e, por enquanto, querem pagar um dos menores reajustes aos seus funcionários. Não vamos aceitar!
Veja abaixo outros itens da proposta global dos bancos
Assédio moral - O instrumento de combate ao assédio moral será mantido, mas tem de ser aprimorado. Os trabalhadores querem que o programa seja mais divulgado para os bancários e que o processo de apuração das denúncias tenha mais efetividade. Também foi cobrado que todos os bancos participem. O Banco do Brasil não aderiu ao instrumento. O Comando apontou, ainda, que o instrumento de combate é só uma medida e que para pôr fim ao assédio moral é preciso acabar com as metas abusivas.
Igualdade - O censo da categoria será refeito. A Fenaban se comprometeu em, ao longo de 2013, fazer o planejamento, preparação e sensibilização dos trabalhadores para aplicação da pesquisa no início de 2014. Os debates entre representantes dos bancos e dos bancários serão na mesa temática de igualdade de oportunidades. O objetivo é saber das condições das mulheres, dos negros, das pessoas com deficiência, e trabalhar para que todos tenham as mesmas oportunidades nas instituições financeiras.
Segurança - A proposta do Comando de manter projeto piloto de segurança foi aceita pela Fenaban, em local ainda a ser definido. O objetivo é cruzar estatísticas do passado e do presente que mostrem a importância das ações implementadas, como portas de segurança e biombos de proteção entre os caixas e entre caixas e as filas. Um grupo de trabalho com representantes dos bancários e dos bancos acompanhará e avaliará trabalho para estabelecer medidas que possam ser implementadas no Brasil inteiro.
Emprego - Os bancos se negaram a debater emprego, informando que essas questões devem ser resolvidas em acordo coletivo de trabalho, ou seja, banco a banco. Diante disso, o Comando enviará carta a cada uma das instituições que compõem a mesa da Fenaban, solicitando espaço para discutir demandas fundamentais à categoria, como mais contratações, fim da rotatividade, da terceirização e das dispensas imotivadas, respeito à jornada de seis horas, universalização dos serviços bancários.
Saúde - Os bancos se comprometeram com atuação emergencial junto aos trabalhadores afastados que ficam sem salário e benefício até a perícia do INSS ou devido à alta programada. Cláusula da Convenção Coletiva de Trabalho deve definir quanto, como e até quando pagar os salários dos afastados. Representantes dos bancários e da Fenaban procurarão a Previdência para cobrar solução para o problema. Os bancos também devem se posicionar sobre o desrespeito ao direito à reabilitação após adoecimento.
Fonte: Seeb-CGR