Dia Nacional de Mobilização da CUT abre campanhas por aumentos reais
01/07/2011 - Por Bancários CGR
A CUT realiza na próxima quarta-feira, 6 de julho, o Dia Nacional de  Mobilização da CUT. A atividade vai marcar a abertura das lutas do  segundo semestre e das campanhas por aumentos reais de salários, contra  as tentativas conservadoras de associar os salários ao risco de  descontrole da inflação. Essas campanhas vão representar a luta dos  trabalhadores para avançar na direção das mudanças sociais no Brasil.
 
 Para a Direção Nacional da CUT, que esteve reunida na manhã desta  quinta-feira, dia 30, em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, o  6 de julho será um marco histórico para reafirmar ao Brasil que a CUT  deseja outro modelo de desenvolvimento, que aprofunde a distribuição de  renda e altere os rumos do atual modelo concentrador da política  econômica.
 
 O presidente nacional da CUT, Artur Henrique, ressalta que, apesar de  representar uma vitória, a ampla aliança que elegeu a presidenta Dilma  Rousseff aumenta a responsabilidade dos movimentos sociais. Ele  exemplificou com uma série de contradições presentes dentro do governo. 
 
 "O mandato começou com o discurso para desqualificar a política de  valorização do salário mínimo e seguiu como a defesa do corte de R$ 50  bilhões no orçamento para controlar a inflação por meio da redução do  investimento. Nenhuma palavra sobre a mudança na política  macroeconômica, sobre a redução de juros e, pior, sem debate, discussão  ou articulação com os trabalhadores", afirmou o dirigente da CUT.
 
 Artur questionou também a visita da presidenta à China apenas em  companhia de empresários, no momento em que o Brasil discute a  desindustrialização por conta da invasão de importados e a questão do  trabalho decente, e a criação de um grupo para discutir a eficiência do  setor público sem qualquer representação de trabalhadores ou  representantes da sociedade civil.
 
 Diferente das outras centrais
 
 O presidente da CUT comentou o motivo da central não realizar uma  mobilização unificada e citou o que diferencia a CUT das demais  centrais. "A diferença não é só de pauta, mas de concepção e prática,  mesmo nos pontos em que supostamente há convergência. Todas são  favoráveis à aplicação da Convenção 151, sobre negociação do setor  público, mas acompanhada de unicidade e imposto sindical. A proposta  deles não tem uma linha sobre negociação coletiva", criticou.
 
 O mesmo vale para a discussão sobre o fim do Fator Previdenciário, que  todas querem extinguir, mas apenas a CUT tem proposta prática para  modificar (Fator 85/95). Quanto à  terceirização, ele observou:  "Nós  somos contra, mas algumas centrais querem fortalecer as empresas  prestadoras de serviço para ampliar alguns sindicatos, mesmo que isso  signifique a morte de trabalhadores e menores salários".
 
 O caminho para mudar esse cenário é a imprescindível mobilização  "Queremos ver nossa gente, nossa pauta sendo debatida. Para isso,  precisamos colocar a CUT nas ruas e o dia 6 de Julho é fundamental nesse  processo", concluiu Artur.
Fonte: CUT
