Em outubro, de 258 reajustes com data-base no mês, 59,3% dos acordos salariais tiveram reajustes acima da inflação medida pelo INPC-IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apenas 22% das campanhas tiveram índice superior ao da inflação ao longo de 2022.
Apesar de ter sido o melhor resultado deste ano, o cenário geral não é tão bom. O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) apontou que 20,5% dos acordos fechados em outubro foram equivalentes à inflação do período e 20,2% tiveram perda.
Em média, as categorias com resultado acima do INPC conquistaram 1,84% acima do IPC (Índice de Preços no Consumidor), enquanto as que ficaram abaixo sofreram perda de 1,74%. Além disso, de 16.673 acordos analisados, 22% têm ganho real, 36% são equivalentes à inflação e 42% ficam abaixo. São 58% de reajustes iguais ou superior ao índice do IBGE.
A análise do Dieese é que “os dados mais favoráveis refletem tanto a queda dos preços (deflação), ocorrida em julho, agosto e setembro, como a presença maior de negociações de categorias de grande poder de negociação”. Ainda concluiu que com a deflação, o reajuste necessário para recompor perdas, que alcançou 12% no meio do ano, caiu para 6,46%.