O setor financeiro destoa dos demais setores. Em meio à pandemia de Covid-19, os quatro maiores bancos do Brasil - Bradesco, Itaú, Santander e BB - lucraram R$ 28,4 bilhões no primeiro semestre de 2020. Mas, com a ajuda do governo Bolsonaro fica fácil. Mesmo sem precisar, as empresas receberam R$ 1,2 trilhão como socorro.
O lucro bilionário não impede as demissões, apesar do compromisso firmado com o movimento sindical. O Santander foi o que mais demitiu no período da pandemia, embora tenha obtido resultado de quase R$ 6 bilhões em seis meses. Em um ano, o banco eliminou 2.564 postos de trabalho, sendo 844 no segundo trimestre. Além disso, encerrou as atividades em 93 agências em um ano. Entre março e junho, foram 50.
Com lucratividade de R$ 7,626 bilhões nos primeiros seis meses do ano, o Bradesco fechou 2.411 vagas em 12 meses e encerrou as atividades de 414 agências. No período afetado pela pandemia, segundo trimestre, foram cortados 447 empregos e 233 unidades.
No primeiro semestre, o Itaú lucrou R$ 8,1 bilhões, mas desligou 818 funcionários em um ano. Ficou com saldo positivo de 2.236 vagas no trimestre, porque, deste total, 1.448 funcionários da empresa de tecnologia passaram a compor o quadro do banco. Também fechou agências. Foram 177 unidades em 12 meses.
O Banco do Brasil obteve R$ 6,7 bilhões primeiros seis meses deste ano. Em 12 meses, encerrou as atividades em 3.694 postos, 283 no segundo trimestre.