Incerteza – essa é a situação vivenciada hoje pelos funcionários do Banco do Brasil, segundo a representante dos funcionários no Conselho de Administração do BB (Caref), Débora Fonseca.
“A reestruturação foi muito ampla, atingiu muita gente e foi feita de maneira brusca”, disse, destacando que os empregados não tiveram sequer tempo para se adaptar. Além disso, outra questão importante foi a falta de transparência com a qual o processo acontece. “Ainda não há uma listagem oficial das agências que irão fechar, impedindo um direcionamento melhor na defesa dos funcionários”, afirma Débora Fonseca.
Incerteza, insegurança e medo
“As pessoas estão inseguras, com bastante medo do que ainda vai acontecer”, afirma a representante dos funcionários. No mesmo sentido, ela critica a falta de comunicação oficial da empresa pública de economia mista com seus empregados.
Contudo, mesmo com essas dificuldades a representante afirma que os funcionários não estão parados. Estamos fazendo uma organização nacional, com apoio dos sindicatos e associações. O objetivo é unir nesse momento funcionários, parlamentares e a sociedade, para demonstrar a importância do banco.
“Essa reestruturação prejudica não só os funcionários, mas promove uma diminuição do banco”, afirma Débora Fonseca. Com essa diminuição é bastante provável que os clientes mais carentes sofram com a falta de atendimento humano.
Falta de justificativa
Igualmente, os bancários da instituição se ressentem pela falta de uma justificativa clara para a reestruturação. Apenas dados de mercado foram apresentados, o que não leva em conta ao papel do Banco Público para o País. Débora Fonseca aposta que a reestruturação foi feita por questões puramente ideológicas.
“Estamos em contato com os parlamentares para que haja pressão contra o Governo Federal. A reestruturação não pode passar do jeito que está. Queremos conseguir reverter essa situação”, afirma a representante dos funcionários.
Fonte: Reconta Aí